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Abril indígena: aproximando as narrativas dos povos originários do cotidiano escolar

Escrevendo

24 de abril de 2024

O mês de abril tem se consolidado como um período de intensas reflexões sobre a cultura e a história dos povos originários, reconhecendo suas contribuições para a sociedade e para a formação da identidade brasileira.

Até 2022, o 19 de abril era conhecido como o Dia do "Índio", uma palavra que carrega uma visão preconceituosa construída a partir de nosso passado colonial, associando o "índio" a "selvagem", e também escondendo toda a pluralidade de línguas, culturas e modos de viver e ver o mundo das populações originárias. Foi através de um projeto de lei de Joenia Wapichana, a primeira mulher indígena eleita deputada federal, que essa data passou a ser chamada oficialmente de Dia dos Povos Indígenas.

No contexto escolar,  muitas vezes, a celebração dessa data envolvia atividades como pintar o rosto de alunas e alunos com tinta ou fazer montagens com penas, explorando representações rasas e únicas de culturas que são complexas e diversas entre si. Além de reforçar estereótipos, essas ações serviam a uma “pedagogia do evento”, ou seja, abordavam a questão indígena de forma pontual, sem de fato integrá-la ao currículo.

Pensando na importância de professoras e professores se aprofundarem em história e culturas indígenas para incluí-las em seus planejamentos anuais, reunimos nesse especial conteúdos que buscam desconstruir narrativas estigmatizantes e preconceituosas sobre os povos originários e repertoriar as abordagens em sala de aula sobre essas temáticas.

 

Reflexão teórica

  • No artigo Artes verbais indígenas: portais para uma educação pluriversal, a pesquisadora e escritora Macuxi Sony Ferseck mostra como as poéticas indígenas baseadas na oralidade abordam temas como infâncias, espiritualidade e território, estabelecendo uma relação harmônica com a natureza, e apresenta uma reflexão sobre os modos de entender o próprio fazer educacional a partir da pluriversalidade.

  • Em As línguas dos povos indígenas no contexto escolar, o professor de tupi-guarani e indígena de Peruíbe (SP) fala sobre a pluralidade linguística e cultural do Brasil e ainda defende a importância da escola para difundir conhecimentos sobre as culturas indígenas.

  • Já no artigo Pela literatura, conhecer jovens indígenas brasileiros, a autora Marina Almeida parte do exercício comparativo de vivências cotidianas de estudantes ao de crianças e jovens apresentadas(os) em obras literárias indígenas como uma forma de conhecer mais sobre esses povos.

 

Revista Na Ponta do Lápis – Semear, reflorestar e sonhar o Brasil

Conheça a edição nº 40 da revista Na Ponta do Lápis, que reúne diversos conteúdos com enfoque nas línguas, culturas e literatura dos povos indígenas que habitam, cultivam e preservam o território multicultural do nosso país. Neste número você encontra:

 

Podcast Educação na ponta da Língua

Ouça também os episódios História e cultura dos povos indígenas na educação e Línguas e literatura indígena na escola do podcast Educação na ponta da Língua, com experiências reais, desafios e reflexões de educadoras sobre o trabalho com as temáticas indígenas na sala de aula.

 

Literatura indígena

  • Yaguarê Yamã é natural da região do rio Paraná Urariá, Amazonas, e pertence aos povos Maraguá e Saterê-Mawé. Conheça alguns de seus textos literários publicados no Portal Escrevendo o Futuro:

 - A gênese maraguá e a origem do mundo
 - Ka’apora’rãga e as mães da mata
 - Meus olhos bonitos

No Portal, você ainda encontra uma entrevista com o autor e o plano de aula Apresentando a literatura indígena: orientações para a leitura do conto “A gênese Maraguá e a origem do mundo”, de Yaguarê Yamã, elaborado pela pesquisadora e escritora Macuxi Sony Ferseck.

  • Daniel Munduruku é escritor e professor nascido em Belém, Pará, e pertence ao povo indígena Munduruku. Conheça sua crônica Tatuapé. O caminho do Tatu que parte da comparação entre as tocas de tatu e o metrô que perfura o solo de São Paulo para refletir sobre o passado e o presente de regiões da cidade, cujos nomes em línguas indígenas são um dos poucos vestígios da presença desses povos naqueles locais.

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