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Lendo mulheres: a literatura de autoria feminina nas salas de aula

Escrevendo

27 de março de 2024

Quantas escritoras já ganharam espaço nas suas aulas de Língua Portuguesa? Há bem pouco tempo atrás, essa seria uma pergunta difícil (e incômoda) de responder. Isso porque durante séculos, o cânone literário brasileiro – e também de outros países – reconhecia majoritariamente obras de autoria masculina.

A pesquisadora Regina Dalcastagnè (UnB) realizou um estudo que desenhou o perfil de quem publicava romances no Brasil entre 1990 e 2004: homens, brancos, de classe média e vindos do eixo Rio - São Paulo. Também seus protagonistas, narradores e coadjuvantes atendem a essas características, o que só evidencia a falta de representatividade na literatura de outros perfis entre os autores e também entre as histórias que eles contam.

Isso não quer dizer que mulheres não escreviam. A escrita, inclusive, era incentivada e reservada àquelas de classes sociais mais altas como uma qualidade – ou até mesmo um adorno – que deveriam aprimorar para desempenharem os papeis de boas filhas e boas esposas.

No entanto, às mulheres pobres e negras, o acesso à escrita (ou à cultura letrada, em geral) era negado. Elas sofreram, de forma mais intensa, o apagamento histórico de suas memórias e a descredibilização de suas narrativas pela ideologia patriarcal, tão presente na formação da sociedade brasileira.

Nos dias de hoje,  as mulheres escritoras têm, cada vez mais, seus trabalhos reconhecidos pelo valor estético que agregam à arte literária e pelas vozes dissonantes que representam na desconstrução de uma história única. Para apoiar o trabalho de professoras e professores no planejamento de aulas que celebram a autoria de mulheres na literatura, reunimos aqui alguns materiais publicados no Portal Escrevendo o Futuro.

 

Confira os planos de aula Literatura afro-brasileira: proposta de trabalho com o livro Leite do Peito e Escritas de si em diálogo: um trabalho com o gênero diário que trazem para o centro a escrita de Geni Guimarães e Carolina Maria de Jesus, respectivamente, e refletem sobre a experiência da mulher negra na sociedade brasileira. Conheça ainda o projeto de escrita Nossas vivências e as escrevivências de Conceição Evaristo, que discute a formação leitora entre o público jovem e propõe atividades conectadas com a cultura digital a partir de obras dessa autora.

 

Leia Hilda Hilst, da palavra à emoção e assista ao documentário “A Obscena Senhora Silêncio”, apresentado nesta resenha de Cintia Baldin, para conhecer mais sobre a vida cotidiana, a história e a obra desta que é uma das importantes escritoras da literatura brasileira.

 

Não deixe de conferir o artigo Inaugurando a literatura de autoria feminina negra, de Luciana Martins Diogo, que apresenta a trajetória impressionante de Maria Firmina dos Reis, escritora do primeiro romance antiescravista de autoria feminina em língua portuguesa.

 

Na entrevista Slam das Minas: mulheres na batalha poética, as poetas Pam e Carol falam sobre como uma batalha de poesias autorais, exclusiva para vozes femininas, pode se transformar em um espaço seguro para mulheres se expressarem literariamente sobre questões que permeiam suas vidas como assédio, machismo, racismo e maternidade.

 

 

E como não poderia faltar literatura nessa conversa, venha prestigiar alguns poemas, contos e crônicas de mulheres inspiradoras, publicados no Portal Escrevendo o Futuro:

  • Carol Bensimon:

Menos plástico, mais amor
Os descuidados 90
Tatuagens para todos

  • Conceição Evaristo:

De mãe
Olhos d'água

  • Geni Guimarães:

Arquiteta
Alicerce
Força flutuante
Integridade

  • Lilia Guerra:

Dia de graça
Sábado de aleluia

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