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Ler, jogar e escrever: Opinião em 8 bits

Daniel Benjamin de Oliveira

07 de agosto de 2023

O curso on-line "Sequência didática: aprendendo por meio de resenhas" propõe aos professores e professoras que escrevam uma resenha sobre um produto cultural. Veja abaixo o texto do professor Daniel Benjamin de Oliveira, sobre o jogo virtual “Pontos de Vista”.  

Os jovens e adolescentes dos anos 90 passaram longas horas diante de tevês conectadas a videogames. Nesse período, faziam sucesso os, então modernos, consoles de 8 bits: Master System e Nintendo (NES). Se comparados às tecnologias disponíveis atualmente, os joguinhos em 8 bits eram bastante simples. Mas os jogos, os enredos e competições já eram elementos presentes e suficientemente fortes para garantir a diversão. 

Nesse mesmo espírito dos jogos eletrônicos de 8 bits dos anos 90, o Programa Escrevendo o Futuro lançou, em 2019, o jogo “Pontos de vista”. Com a mesma estética 8 bits dos jogos de outrora, essa plástica sonora e visual dos jogos de quase trinta anos atrás, “Ponto de vista” busca entreter e ensinar a juventude contemporânea. O jogo é um bom aliado do professor na tarefa de desenvolver, nos alunos das séries iniciais e finais, as tão fundamentais habilidades de argumentar e opinar. Aqui, o gênero Artigo de opinião é trabalhado de maneira desafiadora e prazerosa. 

Em entrevista publicada no Portal Escrevendo o Futuro, a professora de língua portuguesa Ana Paula Severiano, que trabalhou na criação do jogo, informa que jovens entre 9 e 17 anos foram ouvidos em uma pesquisa na fase de desenvolvimento do projeto e, segundo ela, as contribuições desses jovens foram consideradas e “inspiraram a criação”. 

No jogo “Pontos de vista” há três fases e em cada uma delas o usuário tem a possibilidade de explorar um assunto diferente. São elas: 

1. Fato ou boato

2. Meu corpo, meus padrões; 

3. Participação política. 

Seja qual for a fase escolhida, o jogador receberá, inicialmente, as mesmas instruções de navegação. Estas são instruções básicas sobre o que fazer e sobre o que representam os ícones (pins) que aparecerão no jogo. Após as instruções iniciais, os jogadores recebem uma contextualização da fase escolhida e se lançam na agradável experiência de aprender brincando. 

Em “Pontos de vista”, os estudantes terão a oportunidade de refletir, por exemplo, sobre os “FATOS E BOATOS” que circulam, especialmente, nos meios digitais. Vão entender que o que hoje conhecemos como “fake News” é uma antiga estratégia de manipulação de informação, potencializada pelas redes sociais eletrônicas. 

O estudante-jogador verá que nos anos 1960, durante a Guerra Fria, para negar que os Estados Unidos estavam à frente na corrida espacial, a União Soviética disseminou o boato de que o homem nunca esteve na lua. Já em outra fase, o jogador conhecerá a história de Helena, uma jovem de 12 anos, que decidiu desabafar sobre perseguições que sofreu na escola e na internet. A história de Helena demandará dos alunos busca por informações que lhes permitam escrever para o blog da escola. Nesse processo será necessário refletir sobre padrão de beleza, bullying e cidadania. Na última fase de “Pontos de vista”, os jogadores terão oportunidade de refletir sobre “PARTICIPAÇÃO POLÍTICA”. O ponto de partida dessa reflexão será a pichação encontrada por um dos personagens do jogo no muro de sua escola. A mensagem pichada diz: “Se votar mudasse o mundo, seria proibido”. Ao longo da partida, outras frases em outros muros vão surgindo e alimentando uma discussão que poderá render bons debates e boas produções escritas. 

De maneira lúdica e reflexiva “Pontos de vista” permite uma rica experiência de ensino e de aprendizagem para professores e estudantes. Para os estudantes, a ferramenta permite desafios e interação; para o professor, uma divertida oportunidade de engajar suas turmas na maravilhosa arte de aprender mecanismos que tornam as ações discursivas do opinar mais sólidas e fundamentadas. 

Um ponto falho do projeto é que a versão para computador – que foi utilizada para produção dessa análise – não pode ser instalada. Com isso, para acessar o jogo é necessário estar conectado à internet, o que para muitas escolas brasileiras, infelizmente, ainda é algo bastante difícil. 

O jogo está disponível para celulares com sistemas Android e IOS. Para os que preferem jogar no computador, isso também é possível acessando Jogos de Aprendizagem, na área "Recursos" do Portal Escrevendo o Futuro.

Conheça o jogo:

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