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Pergunte a Olímpia

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Olá, professor e professora!

Meu nome é Olímpia e também sou educadora. Neste espaço, quero conversar com você sobre as práticas de ensino da leitura e da escrita. A cada mês, eu enfoco um novo tema em minhas colunas.

A proposta é que essa prosa virtual aconteça a partir das suas dúvidas, que podem ser deixadas no espaço reservado para comentários de cada texto. Lembre-se de incluir seu nome, cidade e UF, bem como seu contexto de trabalho, o ano escolar da sua turma, a dificuldade apresentada e, por fim, sua dúvida. Assim, terei mais elementos para sugerir possibilidades de trabalho.

A sua questão pode ser a minha, que já se torna nossa e de tantos outros(as) internautas conectados(as). É dessa forma que a construção do conhecimento em rede se estabelece!

Confira, abaixo, as colunas já escritas e aproveite para deixar sua dúvida! Ela pode ser o tema de minha próxima coluna!

Um abraço carinhoso, muito obrigada e até já,

Olímpia

Pergunte à Olímpia: Navegue pelas perguntas abaixo utilizando as setas e tecle enter para acessar a pergunta.

Autor Profª Olímpia
Pergunta:

Olímpia comenta a proposta de uma professora para alunos com dificuldades de leitura e escrita, no EF e EM.

 

Professora Olímpia,

Gostaria de parabenizá-la pela educadora e profissional dedicada que é.

Eu, Carla Sarlo Carneiro Chrysóstomo, pedagoga, docente de turmas do EM, Pedagogia e Curso Técnico de Secretaria Escolar, do ISEPAM, na cidade de Campos dos Goytacazes (RJ), vivencio a dificuldade dos alunos em escrever e interpretar, compreendendo e aplicando o conhecimento.

Ano passado percebi uma grande dificuldade na compreensão de resenhas e resumos. Este ano estou inscrita no gênero Artigo de Opinião, mas verifico a mesma dificuldade.

Durante os meus 34 anos de magistério, desde que comecei alfabetizando na zona rural, trabalho com histórias e contextos reais, métodos indutivos e globais, levando os meus alunos a escrever, encontrando muito “medo" de errar.

Desenvolvo um projeto com histórias, jogos e um aplicativo, o Bitstrips, no Laboratório de Alfabetização com os meus alunos do EM, aplicando para a EI e o EF I, tendo excelentes resultados.

Gostaria que você explicasse essa minha sequência didática em suas variadas ações e gêneros textuais, para que eu possa apresentar para os meus alunos, convencendo-os da importância desse trabalho em sala de aula, atrelado ao planejamento e letramento.

Muito obrigada, mestre querida.

Querida Profª Carla,

Nem sei se consigo expressar toda minha gratidão pelos seus generosos comentários... Fico muito feliz por saber que meus escritos são bem-vindos e apreciados por você, uma educadora com tão ampla formação e experiência!

Assim como você, muitos dos leitores desta seção têm manifestado a preocupação com as dificuldades de leitura e escrita de seus alunos, nos segmentos do EF e EM.

Trabalhar com o artigo de opinião, seu atual foco no EM, seguramente coloca em evidência diferentes “fragilidades” no trato com o texto, quer vinculadas à leitura e ampla apreensão de sentidos, quer voltada às necessárias adequações discursiva, textual e linguística, próprias desse gênero, nos momentos de produção escrita. Ainda bem que, aqui no Portal, contamos com uma infinidade de produtos para apreciação e estudo, não é mesmo?

Bem, se realmente entendi, apesar de seus comentários iniciais sobre artigo de opinião, sua pergunta está centrada em uma proposta de alfabetização, direcionada a alunos de Educação Infantil e Ensino Fundamental I, que conta com estudantes do Ensino Médio como coautores. Diante desse contexto, você gostaria que eu comentasse sobre a metodologia de trabalho, com vistas a envolver mais seus alunos de EM nessa proposta.

Antes de mais nada, gostaria de parabenizá-la pela iniciativa, pois entendo que a alfabetização deve ir além das práticas convencionais de leitura e escrita, contando com diversificadas possibilidades de reflexão, especialmente em função dos letramentos múltiplos, conforme anuncia a Profª Dra. Roxane Rojo, uma grande estudiosa do assunto.

Penso que inserir seus alunos de EM na elaboração de uma proposta para promover o amplo estudo da alfabetização, convocando diferentes gêneros discursivos, signifique oferecer a esses jovens estudantes oportunidades de refletirem sobre usos e funções de nossa escrita, apropriando-se de modos de olhar e propor atividades que, de diferentes formas, podem promover um movimento de (re)significação de seus próprios dizeres e modos de compreender as relações entre o aprendizado de técnicas (codificação e decodificação) e as distintas situações de escrita de textos, que convocam a produção de determinados gêneros do discurso.

Desde a seleção das “histórias”, como você destacou, elegendo diferentes gêneros para a apresentação e elaboração das atividades, passando pela compreensão do objetivo de cada proposta até a melhor maneira de “fazê-la chegar” aos “alunos menores”; enfim, todo o percurso é absolutamente reflexivo e significativo para os estudantes de EM, pois além de pensarem sobre a “língua em ação”, são convidados a assumir um lugar de protagonistas; autores que investem na construção do conhecimento de alunos dos segmentos anteriores. Somado a isso, a aposta no potencial colaborativo merece particular destaque, já que quanto mais o projeto der lugar e voz aos jovens, mais se sentirão motivados para participar.

Entendo que seu trabalho seja um projeto, mas não tenho como saber quais os caminhos, objetivos, estratégias e recursos vocês traçam para a construção da proposta, visando à indicação de possíveis sequências didáticas. De todo modo, penso que seria interessante investir em estratégias de engajamento desses alunos de EM. Por exemplo: uma roda de conversa, com o objetivo de descobrir quais práticas de alfabetização se lembram, do que gostavam, o que dava certo, o que chamava a atenção, o que não gostavam, quais gêneros eram comumente utilizados. Isso dará indícios de como poderão se envolver na proposta, em função de preferências e interesses de estudo. Uma outra ideia é uma roda de discussão sobre a importância de conhecer os saberes dos estudantes, sua identidade cultural, seu contexto social, no momento do planejamento de um projeto.

A pesquisa de textos e modos de compor as atividades também serão atrativos. Nesse sentido, inclusive, acredito que vocês possam traçar paralelos entre esse projeto e o gênero artigo de opinião, no que diz respeito à realização de debates sobre questões atreladas às vivências do grupo.

Explico melhor: eles se envolvem com toda a proposta, realizam o trabalho e discutem os potenciais efeitos na reflexão sobre ler e escrever, seja por parte dos alunos-foco do projeto (com base, por exemplo, na questão “A alfabetização, tal qual vivenciada no projeto, pode impactar positivamente nos modos de se ler e escrever, dentro e fora da escola?”), seja em relação a eles, pensando na autoria (em função, por exemplo, da pergunta “O lugar da autoria amplia o olhar para os textos, próprios e alheios, do ponto de vista da análise e crítica?”). São apenas sugestões, mas estou certa de que você poderá pensar com calma e chegar a algo bem significativo para sua turma, mobilizando-os para a ação!

 

Para terminar, seguem algumas dicas:

Programa Escrevendo o Futuro

- Jogos de aprendizagem da Coleção da Olimpíada, especialmente sobre Poema;

- Entrevista com Roxane Rojo, “Por novos e múltiplos letramentos”, publicada na revista Na Ponta do Lápis, nº 27;

- Curso Virtual Caminhos da Escrita.

 

Plataforma do Letramento

- Jogos de Alfabetização;

- Entrevista com Magda Soares sobre o aprendizado da leitura e escrita.

 

Bj carinhoso, muito obrigada pelo seu contato e até já,
Olímpia

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