Lendo mulheres: a literatura de autoria feminina nas salas de aula
literatura de autoria feminina, ensino de literatura, formação leitora, literaturas e identidades
Uma ação integrada entre a Fundação Itaú Social, o Programa Escrevendo o Futuro/Cenpec e a Secretaria de Educação de Mogi Mirim, no interior de São Paulo, possibilitou uma extensa formação de educadores que trabalham com língua portuguesa na rede municipal daquela cidade. Foram oito encontros, ao longo de 2015, com professores do Ensino Fundamental II, coordenadores pedagógicos do Ensino Infantil e do Ensino Fundamental, além de técnicas da secretaria.
A proposta surgiu após uma avaliação realizada a pedido da Secretaria de Educação em 2014. Com a análise dos resultados, as técnicas da área de língua portuguesa, Juliana Ormastroni de Carvalho Santos e Larissa Tânia de Mello Gonçalves, deram início a um projeto de formação para os educadores da rede municipal. Entre as primeiras iniciativas, as duas professoras procuraram Dianne Rodrigues de Mello, da Fundação Itaú Social, que intermediou os contatos com Sônia Madi, coordenadora do Escrevendo o Futuro, e Patrícia Calheta, formadora do Programa. “A partir daí, começamos a discutir uma formação que abordasse questões sobre a língua e a linguagem, voltada à leitura e à escrita, tendo como público-alvo professores de língua portuguesa e coordenadores”, conta Larissa.
Os encontros ocorreram mensalmente, sob a coordenação de Patrícia Calheta e Helena Freire, também formadora do Programa Escrevendo o Futuro. Nos contatos iniciais com cada público – técnicas, coordenadores e professores -, buscou-se reconhecer as características da rede municipal, com o levantamento das principais necessidades relacionadas ao ensino da língua portuguesa e ao trabalho da coordenação pedagógica. “Todos os conteúdos foram identificados com os participantes, num momento inicial de levantamento das demandas e potenciais de cada grupo. Este levantamento nos deu o panorama das questões para a elaboração dos programas de formação”, explicou Helena.
Os conteúdos abordados estavam relacionados a atividades com sequências didáticas e ao trabalho articulado com as diferentes práticas de linguagem - discutidos tanto com professores, como com coordenadores pedagógicos - e à atuação dos coordenadores no acompanhamento do ensino de leitura e escrita, além de questões mais gerais relacionadas à função da coordenação.
Foram 57 participantes no total. Coordenadores tiveram 60 horas de atividades, sendo 32 presenciais e 28 desenvolvidas na escola; professores realizaram 30 horas de atividades, sendo 14 no curso presencial e outras 16 na escola.
“A ação foi muito significativa; penso que poderá render ótimos frutos para a prática pedagógica neste ano. Tivemos vários relatos de que a formação gerou maiores e mais efetivas formas de pensar a prática na coordenação e na sala de aula, inclusive estreitando laços entre coordenadores, professores e toda a comunidade escolar”, afirmou Patrícia Calheta, que trabalhou com o grupo de professores.
Helena Freire, responsável pelas atividades com coordenadores pedagógicos, também falou da importância dos momentos de estudo individual e em grupo no processo de formação: “Este foi um dos ganhos do trabalho: o reconhecimento da pesquisa e do estudo como parte fundamental do trabalho do coordenador e do trabalho em grupo como algo importante na construção do conhecimento”. Ela afirmou ainda que houve um reforço no papel das técnicas que atuam na secretaria: “Elas puderam construir um lugar próprio de observação e atuação na rede. Um exemplo, que talvez represente este lugar, seja da reorganização do ensino de língua portuguesa em 2016”.
Para Larissa e Juliana os objetivos da formação foram superados e o grupo de educadores saiu fortalecido. “Os coordenadores evoluíram na compreensão sobre o fazer pedagógico e conseguiram ter mais clareza quanto às suas funções, quanto ao conhecimento sobre questões de linguagem. Segundo o relato deles, esses novos saberes possibilitam mais segurança para conversar e orientar os docentes”, confirmou Juliana.
A percepção de Larissa sobre os professores é semelhante: “Eles também puderem socializar e repensar as práticas, o que lhes proporcionou um saber mais reflexivo. As trocas entre os docentes e as formadoras foram ricos momentos para retomada de conceitos, construção de conhecimentos e aprendizagem”.
As técnicas guardam boas expectativas já para 2016. “Em conversas com coordenadores e professores, soubemos já de algumas transformações oriundas dessa formação”, afirmaram.
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