Olímpia descreve as emoções e vivências dos Encontros de Semifinalistas: a dedicação dos(as) formadores(as), as experiências relatadas por professores(as) de todo o país e as produções diversas de estudantes dos cinco gêneros.
Escrever ainda sob efeito das intensas emoções das cinco semanas voltadas às semifinais da 7a edição da Olimpíada de Língua Portuguesa é um “desafio de gente grande”... São tantas cenas, tantos sorrisos, tanta parceria, tanta colaboração e tanto aprendizado que parecem não caber em palavras; pelo menos, não em “palavras marejadas” como as minhas!
A cobertura jornalística da equipe do Cenpec foi fabulosa e, seguramente, melhor retrata a diversidade de vozes e de saberes que compuseram essa jornada grandiosa. Por isso, indico firmemente a leitura do texto “Com trocas e aprendizados, encontros de semifinalistas reúnem milhares de estudantes e docentes de forma remota”, com direito a um amplo passeio pelos Encontros dos Semifinalistas de cada um de nossos gêneros olímpicos.
A ideia de dedicar um texto do “Pergunte à Olímpia” à Etapa Semifinal é, na realidade, uma tentativa de trazer um pouco do calor de muitas pessoas à escrita; uma iniciativa de iluminar um tantinho do que proporcionou o meu contato com grupos de formadores(as), professores(as) e estudantes ao longo desse percurso.
Uma das maiores belezas dessa edição remota foi perceber a disponibilidade, o compromisso e o profundo envolvimento de cada formador(a) com o desenvolvimento de cada encontro, de cada categoria do concurso.
Foram semanas de formação em equipe – tanto sobre o ambiente virtual de aprendizagem (AVA) quanto sobre a pauta formativa – entre outros tantos encontros das duplas de formadores(as) de estudantes e de formadores(as) de professores(as), sempre no intuito de pensar em recursos e estratégias de forma mais abrangente possível, considerando as necessidades de ajuste em função dos dados da realidade de cada turma.
Nesse caminho, foram inúmeras as delicadezas a ponderar... Desde o acesso bastante desigual de docentes e estudantes à internet, passando por arranjos com Secretarias de Educação com o apoio de nossa Rede de Ancoragem (docentes de universidades públicas, Undime e Consed) e por negociações de professores(as) semifinalistas com escolas, comunidades e universidades para a participação integral das crianças, dos(as) adolescentes e dos(as) jovens, até rearranjos em nossas turmas no AVA para favorecer a entrada de vários(as) estudantes com um único computador ou celular.
Ao lado desse incrível investimento reflexivo por parte dos(as) formadores(as) de professores(as) e estudantes, sem dúvida, esteve a “entrega de corpo inteiro” de cada docente aos encontros semifinais.
Como foi bonito ver os rostinhos, ouvir os sotaques, chorar e rir com todos(as) eles(as), apreciar a troca de experiências, o movimento intenso movido pelo acolhimento e pela empatia diante de tão distintas realidades e dificuldades, o aprofundamento das relações entre o fazer docente e a elaboração do Relato de prática...
Cada professor(a) trouxe à Etapa Semifinal da Olimpíada o retrato de um fazer cercado de restrições, medos, angústias e perdas, mas também de imensa superação, perseverança, competência, dedicação, reinvenção e satisfação por ter esperançado com sua turma.
E como não se encantar com os olhares, os dizeres e os gestos de cada turma de estudantes? Eles(as) também se entregaram inteiramente à experiência das semifinais e fizeram valer cada hora (e foram muitas!) de organização e de preparação para essa etapa.
Da espontaneidade dos pequenos poetas no sarau aos talentosos vídeos das turmas do Ensino Médio, todos(as) os(as) estudantes brilharam e deixaram os encontros com largos sorrisos, doces agradecimentos e, seguramente, muitas histórias pra contar!
Por fim, a riqueza do ambiente virtual de aprendizagem (AVA) nas semifinais também merece particular destaque. Com o colorido dos contrastes e dos cenários do Brasil, foi possível apreciar publicações dos(as) estudantes de diversos textos orais, escritos e multimodais, como maravilhosos vídeos-minuto, inspiradoras fotos com “legenda cronística”, perfis criativos com avatares, quadrinhas autorais com linda declamação, objetos biográficos incríveis e reflexões muito consistentes a partir de questões-chave do trabalho com cada gênero discursivo.
Do mesmo modo, professores(as) lotaram os fóruns e murais com discussões potentes sobre o narrar a experiência, sobre cada passo do processo vivenciado com a turma, sobre a vivência de emprestar sua lente para analisar o Relato de prática de um(a) colega e sobre os efeitos formativos de participar desse rico encontro de saberes.
Como despedida dessa etapa, já com gostinho de quero mais e de saudades, vale a pena cantar mais uma vez a canção tema da nossa 7ª edição:
Um abraço carinhoso, muito obrigada e até já,
Olímpia
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