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Luis Lomenha: novos filmes, novos olhares

12 de novembro de 2019

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“Um filme que nasce numa cidade do interior tem uma forma diferente de contar uma história, porque traz um outro modo de enxergar o mundo.” Luis Lomenha, diretor e produtor de filmes e documentários, falou para os alunos da Olimpíada de Língua Portuguesa sobre seu trabalho com audiovisual e a importância de trazer novos olhares para a produção de filmes no Brasil.

O documentarista contou aos alunos sobre sua trajetória como jovem vivendo na periferia do Rio de Janeiro (RJ) até o trabalho atual com direção e produção de vídeos. Graças à sua participação em um grupo de teatro da região, ele foi chamado para atuar em Cidade de Deus. “A preparação para o filme levou um ano e ali surgiu um interesse pelo que acontecia por trás das câmeras”, diz. Luis lembra que quando fez seus primeiros filmes, produzidos por um grupo saído do elenco de Cidade de Deus, os equipamentos de filmagem ainda eram muito caros. “Não tinha celular como hoje. Cada cena era muito estudada, para que não houvesse desperdício de filme.”

 

Formas de documentar

Sobre os formatos e possibilidades do documentário, Luis é taxativo: “o melhor formato é o que conta a sua história da melhor forma possível. Não tenham medo de errar. Esse é o momento de experimentar.”

Respondendo às dúvidas dos alunos, Luis ressaltou a importância de ampliar o repertório pessoal. “Para fazer filme, a gente precisa assistir muitos filmes, precisa ter referências… Podemos encontrar muitos documentários no Youtube e em plataformas como Netflix e Amazon. A maioria dos filmes independentes vai direto para o Youtube, onde todos podem ter acesso.”

E como deixar o entrevistado à vontade em frente às câmeras? Para Luis, é preciso estabelecer uma relação de confiança com a pessoa primeiro: tratá-la de maneira mais horizontal e profunda antes de iniciar as gravações.  

O documentarista ainda falou sobre a importância dos jovens atuarem em suas comunidades. “Como vocês vão levar o que estão aprendendo aqui para suas escolas, para que mais pessoas tenham acesso?” Ele lembrou de iniciativas, como os cineclubes, que reúnem grupos para assistir e discutir filmes e documentários diversos e que podem acontecer em espaços como uma sala da escola aula ou um salão de igreja.

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