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Jessé Andarilho: “A gente tem que escrever nossos próprios livros e histórias”

24 de outubro de 2019

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“Se a gente tivesse um livro de história escrito pelos índios ou pelas pessoas escravizadas, hoje o Brasil seria outro. Por isso a gente tem que escrever nossos próprios livros, nossas crônicas, nossas histórias, contar sobre o lugar onde a gente vive”, diz o escritor Jessé Andarilho em palestra aos alunos e professores do Encontro de semifinalistas. O autor dos livros Fiel e Efetivo Variável falou sobre sua vida e sobre a experiência de ter escrito seu primeiro livro no celular.

“Eu escrevia no trem, nas três horas que levava de casa até o trabalho. As pessoas falavam ‘você é maluco, escrever um livro no trem!’, porque elas pensavam no livro inteiro. Eu não, eu só pensava na próxima palavra, e que depois vem outra, depois um parágrafo, outro, um capítulo, um livro, depois outro…” Antes de conseguir publicar seu livro, porém, ele precisou ouvir muitos nãos: “diziam que eu não tinha o perfil, porque venho da favela e falo ‘tá ligado, o bagulho é louco'”. Ele conta que resolveu escrever sobre o que via e ouvia na favela porque percebeu que as histórias que estão próximas a nós são as que mais nos interessam. “A gente acha que para escrever um livro precisa ter outras histórias para contar, que se passam em Paris ou Nova York, mas não”.

Confira no vídeo abaixo falas do escritor e de participantes que acompanharam o bate-papo. No final do vídeo, Jessé lê um trecho de seu livro Efetivo Variável.

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