Pular para o conteúdo

As muitas histórias de São Paulo

Com mais de 12 milhões de habitantes, a maior cidade do Brasil reúne muitos sotaques: gente de todo o país que vem ajudar a construir essa imensa metrópole. A cidade também recebe pessoas de diferentes lugares do mundo e é nessa mistura de culturas e influências que está o melhor de São Paulo: sua diversidade. 

Aqui encontramos um pouco de tudo. Sabores de diferentes países do mundo, que podem ser encontrados em restaurantes ou em barracas de comida de rua. Exposições de artistas renomados e também de jovens talentosos ainda desconhecidos, músicos dos mais diferentes estilos e muitos escritores que escolheram a cidade para viver e ambientar suas histórias. 

Fundada por um grupo de jesuítas em 25 de janeiro de 1554, São Paulo foi por muitos anos uma pequena província. Foi com o ciclo do café e o início da industrialização no Brasil, no século XVIII, que a cidade começou a se desenvolver até atingir o grande crescimento econômico e populacional pelo qual é conhecida hoje.

 

Crônicas da cidade

 

Com tantos contrastes e histórias, São Paulo tem inspirado muitos cronistas. No início do século XX, Antônio de Alcântara Machado escrevia crônicas sobre as mudanças na urbanização da cidade, em plena expansão, e sobre a vida dos imigrantes que aqui chegavam para viver. O escritor Mário de Andrade também publicava crônicas no jornal O Estado de S. Paulo. Em seus textos, o autor valorizava a cultura brasileira, as expressões populares, a ironia e o humor. 

Mais recentemente, encontramos cronistas como Lourenço Diaféria, que chegou a ser preso em 1977, porque uma de suas crônicas, a Heroi. Morto. Nós., desagradou o governo militar de então. Temas humanos, o cotidiano da cidade e sua paixão por futebol estão entre os principais de sua obra, que chegou também aos canais de rádio e TV. 

A tradição de escrever crônicas sobre o cotidiano da cidade continua forte e hoje podemos encontrar esse gênero não apenas em jornais e revistas, onde se consagraram, mas também em blogs e redes sociais, muitas vezes com grande alcance. 

 

Músicas

 

Nem só de textos se fazem os cronistas, o músico Adoniram Barbosa é considerado um símbolo de São Paulo, com suas letras sobre o cotidiano da cidade nos anos de 1950. Situações corriqueiras – como a do rapaz que não pode perder o último trem ou a dos amigos que vão visitar o Arnesto e não encontram ninguém em casa – ganham vida graças ao humor e força das falas representadas. Outro sambista do cotidiano paulistano é Paulo Vanzolini. Suas músicas falam dos bares e ruas da cidade, onde se passam seus casos de amor e saudade

O rap e o hip hop também trazem muito do dia a dia de São Paulo para suas letras. Suas músicas falam sobre o preconceito, a violência, a pobreza e a vida na periferia da cidade. Além do ritmo forte, também vale destacar o uso de muitas gírias nas músicas, criando uma linguagem própria, que muitas vezes pode não ser compreendida por quem não pertence àquele universo.

 

O que visitar

 

Um passeio por São Paulo pode ser tão variado quantos são os paulistanos: museus, teatros, cinemas, exposições, parques e monumentos. Os mais diversos assuntos e interesses têm espaço nesta grande mistura de pessoas que a cidade proporciona. As ruas também guardam muitas histórias, esperando que um bom cronista as veja e relate: suas cenas curiosas, seus personagens diversos, os prédios históricos, os grandes edifícios, as muitas lojas, de produtos altamente tecnológicos ou de objetos antigos… 

Um dos passeios imperdíveis da cidade é caminhar pela Avenida Paulista. Ali, ao lado dos altos prédios, encontramos a Casa das Rosas, um casarão do século XVIII com um lindo jardim, onde funciona hoje um centro cultural. Aos domingos, essa avenida movimentada e cheia de pressa dá lugar aos pedestres: a rua é fechada para os carros e as pessoas vão até lá para passear a pé. Alguns artistas se apresentam em pleno asfalto enquanto outros estão a poucos minutos de distância no Museu de Arte de São Paulo (Masp), no Instituto Moreira Salles (IMS) ou em muitos dos outros espaços da região.

 

O que levar?

 

– Roupas: O tempo em São Paulo pode ser bastante imprevisível e a temperatura pode variar bastante de um dia para o outro, por isso é bom estar preparado. É importante trazer roupas frescas para os dias mais quentes, como camisetas de algodão, mas não esqueça de incluir um casaco fino para a noite, quando a temperatura pode cair. Inclua também um casaco mais quente de reserva. Aposte na combinação de roupas leves com um casaquinho ou jaqueta, caso o dia esfrie. A previsão para outubro é de que a temperatura varie entre 15° e 30°.

– Sapatos: Não esqueça de trazer tênis confortáveis para poder caminhar, além de um sapato fechado, caso chova. Um guarda-chuva também é uma boa pedida para esta época do ano.

– Proteção: Não esqueça o protetor solar. O clima em grande parte do ano pode ser bastante seco e o sol pode castigar. Também é importante cuidar da hidratação e beber muita água.

– Saúde: Traga um pequeno kit com remédios que já tenha o costume de usar. Por conta do ar seco, soro para o nariz e antialérgicos são importantes para quem tem problemas respiratórios.

– Caneta e papel: o bom cronista deve estar sempre atento ao que acontece à sua volta, por isso, não esqueça de trazer caneta e um bloquinho de papel para anotar suas ideias e inspirações.