Lendo mulheres: a literatura de autoria feminina nas salas de aula
literatura de autoria feminina, formação leitora, ensino de literatura, literaturas e identidades
Cara Olímpia, sou professora de Língua Portuguesa, leciono para alunos da EJA, do 6° ao 9° ano. Os estudantes apresentam pouco interesse pela leitura e escrita, ao passo que apresentam também dificuldades para realizar tais atividades. Gostaria de realizar um projeto de intervenção em leitura e escrita, de maneira lúdica e criativa. Como propor atividades envolventes, já que estes alunos, oriundos de realidades tão distintas, demonstram pouco interesse pela leitura?
Alizandra Cândido Lopes
Cara professora Alizandra,
Bom demais poder falar um pouquinho sobre práticas de leitura e escrita na EJA! Penso ser fundamental, como você menciona, considerarmos a realidade e vivências dos alunos que integram a sala de aula, pois, certamente, a história relatada por cada um deles revela formas singulares de viver em um mundo letrado, assim como estratégias para lidar com demandas e necessidades próprias dessas práticas sociais, presentes dentro e fora da escola.
Pensando nisso, entendo que todo projeto deve estar assentado nessa investigação inicial, nesse movimento de “dar voz” às histórias de vida dos estudantes, pois o envolvimento deles nas propostas da escola também depende do quanto conseguimos escutar o que eles sabem, o que querem e precisam para sanar as principais dificuldades que vivem no dia a dia, não é mesmo?
Quando falamos sobre esse trabalho, outro aspecto que entendo ser muito favorável ao “despertar” o interesse para o ler e escrever seja o planejamento de atividades que estejam integradas ao público, não apenas do ponto de vista das necessidades, como dito anteriormente, mas também da seleção de gêneros que possam compor o fazer pedagógico. Dito de outra forma, penso ser essencial partir do que eles sabem para ampliar as formas de dizer, ler e escrever, em função de gêneros que eles poderão utilizar no cotidiano e que, portanto, sejam significativos para a turma. Por exemplo, se há relatos sobre as histórias contadas pelos pais/avós, por que não trabalhar com causos ou lendas? Se há alunos com talentos culinários, que tal enfatizar o gênero receita culinária e reuni-las em um livro para a biblioteca da escola, uma revista ou mesmo um blog de receitas?
Assim, partindo de algo que se tenha “o que dizer”, os alunos poderão explorar modos de ler e escrever textos, com vistas a uma análise mais detalhada dos aspectos voltados ao “como dizer”.
Para auxiliar nesse movimento de reflexão, fiz um breve levantamento de materiais, voltados a diferentes enfoques: desde vídeos com exemplos de dinâmicas de trabalho com textos e revisão, até documentos oficiais, como os publicados pelo MEC, passando por variados textos que tratam da atuação na EJA.
Vamos conferir?
Espero que essas dicas possam inspirar seu trabalho e que nossos leitores aproveitem o tema para deixar contribuições e sugestões.
Agradeço pelo envio de sua pergunta e desejo muito sucesso!
Um abraço e até já,
Olímpia
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