Poemas de Luiz Gama
texto literário, Luiz Gama, poesia, poema
Olá, Olímpia.
Meu nome é Maria de Fátima de Carvalho Bezerra, moro em Natal (RN). Sou professora do Ensino Fundamental (5º ano), da Rede Municipal da capital.
Como todos sabemos, a leitura e a escrita tornaram-se a grande preocupação de todos os professores, visto que, atualmente, percebe-se uma grande dificuldade de aprendizagem nessas áreas. Já faz muito tempo que atuo como professora e o que venho observando, ao longo do tempo, é uma verdadeira "epidemia" de falta de atenção e concentração dos estudantes durante a aula; mesmo quando fazemos uso das novas tecnologias na sala de aula, ainda assim não conseguimos a atenção de todos os alunos. Na aula de leitura a participação é boa, mas quando a atividade é de escrita, é raro o(a) aluno(a) que demonstra interesse e faz a produção textual de acordo com o que foi solicitado.
Qual é a sua orientação e qual a melhor forma de direcionar as aulas de Língua Portuguesa para mantermos a atenção da turma?
Aguardo resposta.
Cara professora Maria de Fátima,
Entendo sua preocupação e concordo plenamente com a necessidade de envolvermos nossos alunos, cada vez mais, nas propostas de leitura e produção de textos.
Analisando sua pergunta, penso que o início da resposta, ou melhor, minha sugestão sobre um possível caminho a seguir, já esteja em suas próprias palavras, quando você salienta que a participação dos alunos é boa, nos momentos de “aula de leitura”.
Vamos pensar juntas? Se há envolvimento nas atividades de leitura, acredito que isso tende a favorecer a troca de informações sobre importantes elementos, que também estarão “em cena” na produção de texto, tais como: os assuntos, os objetivos e as características próprias de um determinado gênero (modo de apresentação e organização do texto, por exemplo). Dito de outra forma, é preciso explorar essas situações de leitura, a fim de que elas possam “alimentar” a produção textual, permitindo, assim, que os alunos tenham maior clareza sobre o quê, para quê, para quem e como dizer.
É claro que essa orientação não deve excluir os momentos em que a leitura está a serviço da fruição, como forma de ampliar o repertório de conhecimentos da turma, envolvê-los com o universo letrado e divertir, mas entendo que essa aposta na articulação bem ajustada entre práticas de leitura e de escrita tende a inspirar boas produções em sala de aula.
Para além de realizar rodas de conversa sobre os aspectos acima destacados, sempre considerando o conhecimento prévio dos alunos, acredito que algumas pistas poderão favorecer o trabalho de produção textual: a composição de uma lista sobre os elementos pertencentes ao gênero em estudo (construída ao longo das oficinas e utilizada para nortear o percurso a ser traçado no/pelo texto), as parcerias entre estudantes e o trabalho de reescrita.
Sobre o segundo aspecto, penso que em duplas, por exemplo, os alunos poderão trocar ideias e planejar o texto, em função das experiências de leitura anteriores e do rememorar de todo o trabalho realizado, antes da solicitação da produção. Então, tendo clareza em relação ao gênero a ser escrito, assim como os elementos que compõem a situação de produção do texto, os escritos da turma poderão retratar o que foi aprendido.
Depois da produção, precisamos investir no trabalho de reescrita, pois, afinal, escrever é reescrever, certo? Nesse sentido, vale a pena conferir as preciosas dicas do Percurso Formativo – Aprimoramento de textos.
Para finalizar, seguem mais duas sugestões de leitura, presentes na Revista Na Ponta do Lápis, que também podem “continuar nossa conversa”:
- Ensino da Escrita: uma atividade transitiva (n. 19, março 2012, p. 28-33)
- Sequência didática: por que trilhar o caminho proposto (n. 23, dez. 2013, p. 16-21)
Obrigada pelo envio de sua pergunta e muito sucesso em seu trabalho!
Um abraço e até já,
Olímpia
Poemas de Luiz Gama
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