Para pensar propostas que acolham e apresentem novas possibilidades no fazer pedagógico, Olímpia apresenta os dados recolhidos da última enquete disponibilizada em sua seção.
Após a apresentação do texto “Sequência Didática e Ensino”: análise inicial”, recebemos centenas de novas participações em nossa enquete que, como sabem, volta-se ao exercício de melhor compreendermos as diversificadas realidades vivenciadas por professores e professoras no trabalho com a sequência didática (SD), a fim de podermos elaborar propostas que tanto acolham dificuldades quanto iluminem possibilidades no fazer pedagógico.
Para compor uma análise completa, vale retomar a organização dos dados, considerando os 5 diferentes focos:
1. perfil dos(as) participantes (segmentos de atuação e estado);
2. experiência de trabalho com SD (nos contextos de ensino presencial e remoto/pandemia) e viabilidade de trabalho diante do possível ensino marcado por momentos presenciais e virtuais;
3. principais dificuldades para o trabalho com SD no ensino remoto ou mesmo ora presencial, ora virtual;
4. principais possibilidades para o trabalho com SD no ensino remoto ou mesmo ora presencial, ora virtual;
5. dúvidas e inquietações voltadas ao fazer docente com a SD.
A partir desses focos, seguem as respostas em gráficos, acompanhadas por breves comentários. Clique nos itens abaixo para visualizar.
SEGMENTOS DE ATUAÇÃO DOS(AS) DOCENTES
Sobre a atuação de professores e professoras, a análise integral dos dados aponta para a participação de docentes dos segmentos de ensino contemplados pelo Programa Escrevendo o Futuro (EF e EM) e, ainda, a EJA, sendo a maior concentração no Ensino Fundamental, com 49,53% nos anos finais (EFII) e 38,87% nos anos iniciais (EFI). Na sequência, temos os(as) docentes que trabalham no Ensino Médio, com 34,17% do total e, ainda, na Educação de Jovens e Adultos (EJA), com uma participação menor de 8,78%. Cabe aqui salientar que a resposta a esta questão da enquete permitia clicar em mais de uma opção, o que certamente ocorreu com parte de nosso público, que parece trabalhar com estudantes de diferentes segmentos, como EFII e EM.
ESTADOS ONDE ATUAM OS(AS) DOCENTES
Com um tempo maior de permanência da enquete no Portal, conseguimos alcançar professores(as) dos 26 estados e do Distrito Federal, sendo mais numerosas as participações em: São Paulo (15,99%), Santa Catarina (11,29%), Tocantins (9,40%), Minas Gerais (8,78%), Piauí (6,90%) e Bahia (6,58%).
JÁ TRABALHOU COM SD NA SALA DE AULA (ENSINO PRESENCIAL)?
NO CONTEXTO DA PANDEMIA, TRABALHA OU TRABALHOU COM SD DE FORMA REMOTA?
Os dois gráficos acima apresentados compõem uma visão bastante interessante e instigante a respeito do trabalho com SD nos contextos presencial e remoto, já que revelam: 84,95% de respostas afirmativas e 15,05% de respostas negativas, diante do contexto presencial, no contraste com 54,55% de respostas afirmativas e 45,45% de respostas negativas no ensino remoto.
A análise integral dos dados, envolvendo uma maior participação de docentes, agora possibilita um olhar diferenciado (em relação à análise inicial) e marcado pela condição de observarmos que, apesar da diferença percentual de respostas “sim” nos contextos presencial e remoto, a maioria dos(as) participantes da enquete continuou apostando no ensino por meio da SD, mesmo diante da pandemia, dado muito significativo para toda a equipe do Escrevendo o Futuro.
É claro que as presenças de 15,05% e, particularmente, de 45,45% de respostas “não” ao trabalho com SD nos contextos presencial e remoto, respectivamente, são um alerta para todos(as) nós, pois convoca a necessidade de refletirmos sobre a produção de conteúdos que possam potencializar o fazer docente vinculado às SDs, especialmente diante desse desafiador cenário atual e, ainda mais, da incerteza em relação ao retorno pleno e exclusivo das aulas presenciais, no início de 2021, para os segmentos envolvidos nas ações do Programa.
NO CENÁRIO ATUAL DE ENSINO REMOTO OU MESMO NO POSSÍVEL ENSINO MARCADO POR MOMENTOS PRESENCIAIS E VIRTUAIS, VOCÊ CONSIDERA VIÁVEL TRABALHAR COM SD?
Agora, observando o gráfico referente ao possível ensino atrelado a momentos ora presenciais, ora virtuais, constatamos 76,18% de respostas na alternativa “sim”, 21,32% na alternativa “talvez” e apenas 2,51% na alternativa “não”.
A grande maioria dos(as) integrantes da nossa enquete parece entender que a SD é uma aposta metodológica de relevância para o fazer docente, ao ser vinculada à convivência de momentos presenciais e virtuais.
O olhar atento para as dificuldades e as facilidades apontadas por professores e professoras poderá promover uma mais ampla compreensão sobre as práticas pedagógicas filiadas à SD.
Corroborando os dados analisados na publicação do último texto, o gráfico acima ilumina as principais dificuldades para o ensino da SD, considerando a possibilidade de, ao responder à enquete, clicar em uma ou várias alternativas: em primeiro lugar, com grande destaque, o acesso dos(as) estudantes à internet (76,49%); na sequência, com pequena diferença percentual, estão o envolvimento e a participação dos(as) estudantes (49,84%) e o acesso dos estudantes a aparelhos como celular, computador e tablet (49,22%) e, ainda, em menor percentual, o letramento digital dos(as) estudantes - por exemplo, como acessar e participar de aulas virtuais e realizar atividades propostas no ambiente virtual (42,63%).
Completando o quadro, foram registradas também dificuldades vinculadas aos docentes: letramento digital dos(as) docentes - por exemplo, como escolher ferramentas digitais para o trabalho, como planejar e avaliar atividades virtuais (30,09%) e acesso dos(as) docentes à internet (9,72%).
Após apontarem na direção de dificuldades, os(as) professores(as) também tiveram a oportunidade de fazer o exercício reflexivo ligado às possibilidades de trabalho com a SD. Nesse sentido, como ilustra o gráfico a seguir, três itens mereceram maior destaque: combinação de momentos de pesquisa e análise pelos estudantes (com material virtual ou impresso) a momentos de socialização de conhecimentos (com a participação do/a docente) para 52,98%; convivência de recursos digitais e impresso para envolver toda a turma (48,28%) e seleção de oficinas do Caderno do Professor, de acordo com as necessidades da turma, contando com recursos disponíveis (43,89%).
Quanto ao último item da enquete, às numerosas questões já recebidas quando da análise inicial somaram-se centenas de outras! Fiquem tranquilos(as), pois daremos voz a vocês nos próximos textos do “Pergunte à Olímpia”, em função de uma cuidadosa organização dos focos de dúvidas. Será um prazer e uma grande alegria vivenciarmos 2021 na companhia de inquietações que dialogam de pertinho com efetivas oportunidades de trabalho com SDs, tal como ocorre nos “Cadernos do Professor”.
Agradecemos muito pela parceria e pela ampla colaboração de vocês. Tenham a certeza de que os dados coletados e analisados gerarão muitos “efeitos propositivos” aqui no Programa!
Bj carinhoso, muito obrigada e até já,
Olímpia (em nome de toda a Equipe do Portal Escrevendo o Futuro)
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