Após mais um período de escuta sobre as dificuldades e desafios enfrentados por professores durante o período de pandemia, Olímpia reúne dados ainda mais amplos e interessantes.
“Estamos trabalhando de uma forma como nunca tínhamos trabalhado”.
Profª. Antonia, GO
“Após uma panfletagem na comunidade, avisando e explicando sobre as aulas não presenciais/virtuais, conseguimos uma maior adesão (...)”.
Profª. Mônica, PE
“Com determinação e planejamento, procuro fazer o possível para atender às necessidades de meus alunos”.
Profª. Dirvani, SC
“O que fazer para atender melhor o meu aluno? Fiz dum cantinho da minha sala uma sala de aula não presencial”.
Profª. Irânia, PI
“Vários desafios. Mas não desistir, jamais!”.
Profª. Solange, SC
A despeito do desejo de “dar luz” a todos os dizeres apresentados em nosso mural, entendemos que a voz dessas professoras representa a potência, a seriedade, a competência, a flexibilidade, a resiliência e o genuíno compromisso com a aprendizagem dos alunos que claramente percebemos ao apreciar a totalidade dos escritos docentes. E é por isso que, com eles, resolvemos iniciar mais um momento de troca, aqui no “Pergunte à Olímpia”.
Após mais um período de escuta de ricos depoimentos sobre as dificuldades enfrentadas por vocês durante a pandemia, reunimos dados ainda mais amplos e interessantes!
Agradecemos a todas e todos que dedicaram seu tempo para a socialização de contextos de trabalho, obstáculos e preocupações atrelados a (novos) desafios do fazer docente. Para nós, da equipe do Escrevendo o Futuro, as vozes aqui reunidas contribuirão, de forma decisiva, para a tomada de decisões sobre ações formativas e o planejamento de textos (escritos e multimodais) que promovam o encontro entre todos esses dizeres e o nosso objetivo de contribuir para a qualificação da atuação de professores, de forma a potencializar a formação de estudantes de todo o nosso país.
Bem, após esse “abraço-palavra” de puro agradecimento, vamos juntos apreciar o conjunto dos dados, fruto de todo esse período de escuta?
Abaixo, o gráfico 1, que permaneceu anunciando a diversidade de segmentos de trabalho dos docentes participantes - Educação Infantil, EFI, EFII, EJA e EM das redes públicas de ensino -, com maior ênfase ao Ensino Fundamental II, seja pela atuação isolada, seja pela combinação com o EM. Reparem que, na amostra total, a Educação Infantil e o EFI seguem juntos, bem perto dos dados do EFII:
O gráfico 2 também ganhou em quantidade e em estados de atuação de professoras e professores, compondo nosso colorido com 19 diferentes nuances e revelando uma maior participação dos docentes de Santa Catarina:
Agora, para retratar as dificuldades vivenciadas por alunos e professores, do ponto de vista dos docentes participantes, seguem os gráficos 3 e 4:
Gráfico 3
Gráfico 4
No gráfico 3, “Dificuldades dos alunos”, a preocupação de professores com a falta de acesso à internet por parte de seus alunos continuou tomando a cena, acompanhada pela ausência do recurso digital/tecnológico (celular, computador ou tablet). Nesse sentido, vale registrar o depoimento de alguns professores que têm recorrido à entrega de materiais impressos via escola, especialmente no EF, na tentativa de minimizar os efeitos da falta de acesso aos conteúdos trabalhados on-line e, ainda, o registro docente de que mesmo que o aluno tenha acesso à internet, por vezes, mostra-se bastante limitado e de baixa qualidade, o que dificulta a apreciação de vídeos e outros recursos virtuais.
Por fim, no gráfico 4, “Dificuldades dos docentes”, os dois aspectos já salientados em nossa primeira análise permanecem como mais significativos: 1. o domínio das tecnologias digitais, em função da ausência da formação docente atrelada às tecnologias digitais de informação e comunicação e 2. a articulação dessas tecnologias a práticas pedagógicas virtuais, dadas as precárias condições objetivas para o planejamento e a gestão das aulas remotas, ainda que se tenha maior domínio tecnológico.
Ainda antes da despedida, queremos deixar vocês na companhia da querida Sonia Madi, coordenadora do Programa Escrevendo o Futuro entre 2002 e 2016, que encantou a todos com seus inspiradores dizeres sobre “ser professor em tempos de incerteza”:
A seguir é possível ver todos os comentários deixados pelos professores. Para deixar sua contribuição, falando sobre as dificuldades em exercer a docência em tempos de pandemia, inicie o breve texto com dados de identificação (nome, cidade, estado e segmento com o qual trabalha) e insira a resposta por escrito, clicando no sinal de positivo (+), localizado no canto inferior direito da tela azul. Também é possível publicar sua resposta por vídeo e áudio e, para tanto, após clicar no sinal de positivo (+), clique nos três pontos e escolha “Film” para gravar vídeo ou “Voice” para áudio.
Bj, muito obrigada e até já,
Adicionar comentário
Olá, visitante. Para fazer comentários e respondê-los você precisa estar autenticado.