Lendo mulheres: a literatura de autoria feminina nas salas de aula
literatura de autoria feminina, formação leitora, literaturas e identidades, ensino de literatura
Olímpia fala sobre o reconhecimento da multiplicidade de culturas e linguagens.
A pergunta da semana caminha ao encontro de uma das apostas da Equipe do Escrevendo o Futuro para a 6a edição da Olimpíada de Língua Portuguesa. Vamos entender por quê?
Olímpia,
Como valorizar os multiletramentos no sentido de diversas culturas e não só o cânone?
Para começar, entendo ser fundamental dizer que a pergunta já traz uma consideração bastante pertinente, no que diz respeito ao modo como a relação de trabalho com gêneros do discurso deve ocorrer: pelo permanente exercício da convivência de textos tradicionalmente explorados, estruturados e valorizados em função de modos de dizer “classicamente” estudados, e outros textos, muitos deles multimodais, que têm sido amplamente utilizados pelos alunos, em distintas práticas sociais, os quais convocam um olhar para as culturas locais.
Penso que a valorização dos multiletramentos e, portanto, da multiplicidade de culturas e linguagens ocorrerá especialmente em função da consideração de estudos teórico-metodológicos que preveem o planejamento e a organização de um currículo que acolha as demandas comunicativas dos estudantes e a condição da escuta de cada professor acerca dos saberes de seus alunos.
Como enfatizamos na discussão sobre a BNCC, aposta-se na investigação e análise de práticas aderentes à realidade dos estudantes, com vistas a permitir o pleno exercício reflexivo e crítico, diante de uma diversidade de modos de dizer capaz de favorecer o alcance dos objetivos postos em cena em cada situação comunicativa.
Considerando tal necessidade, em 2019, o documentário passará a integrar a “família dos gêneros olímpicos”, especialmente por ser um potente mobilizador da investigação, reflexão e tomada de posição dos estudantes, a partir do olhar crítico para a realidade do lugar onde vivem.
Nas palavras da professora Cristina Melo (UFPE), no texto “Práticas documentárias na escola, em busca de novos olhares” (Revista Na Ponta do Lápis, número 31, 2018):
“(...) é importante chamar a atenção para a falsa crença de que o documentário é cópia da realidade. Definitivamente, não se trata disso. O documentário é um gênero fortemente marcado pelo olhar de quem filma. O documentário não precisa camuflar a sua própria subjetividade ao narrar um fato. Ele pode opinar, tomar partido, se expor, deixando claro qual o ponto de vista que defende”.
Assim, temos no gênero documentário uma oportunidade bastante significativa de explorar a questão da multimodalidade, aliada ao estudo, leitura e produção de vários outros gêneros discursivos auxiliares (alguns inclusive da cultura do escrito/impresso), que colaborarão no processo de planejamento e desenvolvimento do trabalho.
Para poder conhecer mais de perto essa oportunidade de reflexão, pensando na convivência de gêneros, vale investir na apreciação de variados “produtos olímpicos”:
- Entrevista com Estela Renner – Documentário: potência e mobilização;
- Artigo de Jacqueline Barbosa – As práticas de linguagem contemporâneas e a BNCC;
Bem, entendo que a prosa poderá continuar! Afinal, é um desafio para todos nós pensar nas práticas educativas multimodais, não é mesmo?
Esperarei pela participação de todos!
Um beijo, obrigada e até já,
Olímpia
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