Volta às aulas: a importância do planejamento docente
sequência didática, planejamento docente, gestos didáticos, planejamento de aula
Professora Olímpia explora uma “nova face” do trabalho com aprimoramento de textos.
Nesta semana, enfocaremos um assunto que já esteve conosco em diferentes situações, especialmente as relacionadas com o aprimoramento textual.
Em outras publicações da nossa seção – “Gêneros olímpicos: quando a produção final ainda não é o fim!”; “Hora de corrigir o texto; e agora?”; “Chega a hora de reescrever: quando e como fazer?” e “Estratégias para a reescrita de textos” - apresentei o trabalho com o bilhete orientador e falei sobre as contribuições para o olhar de professor e alunos, no trato com a produção escrita.
Hoje, em função da mensagem da professora Sônia, surgiu a oportunidade de explorarmos uma “nova face” dessa proposta. Vamos conferir?
Olá, professora Olímpia!
Sou a professora Sônia e tenho várias turmas de 7o ano. Li um texto sobre o bilhete orientador, aqui no Portal, e fiquei pensando se daria certo tentar fazer a produção entre os estudantes. Será que eles poderiam aprender com isso ou só vale mesmo do professor para o aluno?
Conto com suas dicas e já agradeço.
Beijo, Sônia
Como puderam perceber, a professora gostaria de apostar no par aluno-aluno, ou seja, investir na produção de bilhetes, feitos pelos alunos e para os alunos, visando à reelaboração dos textos produzidos.
Adoro a ideia! De fato, ao analisarmos a proposta do bilhete orientador, fica bastante clara a questão de o professor lançar um olhar analítico para os escritos da turma, na tentativa de destacar o que há de bom, assim como questionar sobre algum aspecto do texto que poderia ser aprimorado. Assim, dar a oportunidade de os alunos vivenciarem essa experiência tende a favorecer grandes descobertas!
Como seus alunos estão no 7o ano, por que não tentar? Para ajudá-la nessa “estratégia inovadora”, seguem algumas dicas:
1. O professor precisa conhecer!
Sugiro começar com a leitura de textos sobre a proposta. Não sei exatamente qual você já leu, Sônia, pois há vários aqui no Portal. Então, seguem algumas “inspirações”: “De olho na prática: conversa vai, escrita vem” e Percurso Formativo sobre Aprimoramento de textos (com vídeos e textos).
2. Os alunos precisam conhecer!
Seus alunos precisarão entender a proposta do bilhete orientador, para poderem escrever algo significativo para os colegas. Então, aposte em realizar o trabalho com um texto, em uma devolutiva coletiva, via leitura de um bilhete orientador escrito por você, a fim de favorecer a discussão sobre as características e objetivos do bilhete (se preferir, faça bilhetes individuais, para posterior discussão coletiva).
3. Professor e alunos precisam fazer juntos!
Para uma efetiva contribuição, professor e alunos podem realizar uma atividade em três passos: 1 - organização dos alunos em duplas, a fim de entregar o mesmo texto para todos; 2 - solicitação da leitura, visando à produção de um bilhete orientador e 3 - leitura dos bilhetes e discussão dos modos de apresentação, organização e enfoque da questão para reescrita, em cada texto.
4. A vez (e a voz) dos alunos!
Com todo esse movimento reflexivo (que, claro, poderá ser modificado, ampliado ou reduzido em função da necessidade de cada turma), todos estarão prontos para a análise individual. Para tanto, você distribuirá os textos escritos pelos alunos, de modo de cada um possa avaliar o do colega. Favoreça a entrega de bilhetes com os textos e, por fim, abra uma roda de conversa sobre os efeitos da proposta. Estou certa de que os “óculos de avaliador” ficarão muito bem em seus estudantes! rs
Para terminar, segue um vídeo do Seminário “Com a palavra, o professor-autor”, evento realizado em São Paulo, no mês de outubro/2017. Nele, você conhecerá uma professora mineira, Elizete Vilela de Faria, da cidade de Divinópolis, que apostou na troca de bilhetes entre alunos, para a produção de uma carta aberta. Vale a pena conferir!
Muito obrigada, um beijo, sucesso e até já,
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