Volta às aulas: a importância do planejamento docente
planejamento de aula, gestos didáticos, planejamento docente, sequência didática
Olímpia fala sobre as expectativas de aprendizagem vinculadas à leitura e a avaliação após as atividades.
Nesta semana, falaremos sobre um assunto importante, que envolve a avaliação após atividades de leitura. Para tanto, vamos conferir a mensagem enviada pela professora Geneci?
Olá Olímpia, tudo bem?
Sou professora do 6° e 7° ano de uma escola privada e creio que a maior dificuldade ainda é ler e escrever. Adotamos três livros no ano para as devidas leituras, o que gosto de fazer em sala de aula, para torná-la mais divertida. Gostaria de receber algumas sugestões quanto a como cobrar dos alunos atividades após a leitura.
Grata, Geneci
Ainda antes de pensarmos sobre dicas vinculadas às propostas para os alunos, após a leitura de um texto, entendo ser essencial que possamos refletir sobre as expectativas de aprendizagem vinculadas a essa prática, ou seja, o que esperamos que os nossos alunos saibam fazer/aprendam, com cada uma de nossas propostas, em sala de aula.
Isso significa que o planejamento do professor exerce uma função importante, pois é a intencionalidade que promoverá o elencar de atividades mais ajustadas ao que ele precisa ensinar, e os alunos, aprender.
Vamos pensar juntos em um exemplo: se tomarmos o gênero memórias literárias, previsto no Programa para o trabalho com alunos do 7o ano do EF, poderemos vincular a leitura de um mesmo livro a percursos reflexivos diferentes, que podem envolver distintas oportunidade de avaliação.
Imaginem que temos em mãos o belíssimo Transplante de Menina, de Tatiana Belinky. Reproduzo um trecho, presente na Coletânea de Textos do Caderno “Se bem me lembro...”, apenas para contextualizar minha proposta.
Diante desse fragmento (ou de um capítulo inteiro do livro, lido para os alunos, como você comentou que faz, Geneci), poderemos explorar relaçõesde intertextualidade e interdiscursividade, que convoquem dizeres próprios do “carnaval de outros tempos”, de modo a promover um mergulho no passado.
Também é possível trabalhar com as transformações na paisagem, cenários, transportes, com o passar do tempo, explorando o estudo de textos que, pela comparação, favorecerão a análise mais ampliada dos contextos, em diferentes épocas.
Claro que há muitas outras ideias possíveis, mas quero enfatizar o fato de que, por meio de rodas de conversa, pesquisas, debates e produção escrita de textos de diferentes gêneros, a avaliação poderá ser um momento para que os alunos estabeleçam diversificadas relações com o conhecimento, articulando dizeres do texto lido a outros tantos.
Entendo que quanto mais apostarmos em atividades de leitura como pontes que promovem ligações entre saberes e possibilidades de aprofundamento, mais chances teremos de contribuir para a formação de nossos alunos como leitores reflexivos e críticos.
Uma última dica: vale a pena dedicar um tempinho para conferir o texto de Roxane Rojo sobre capacidades de leitura e o curso Leitura vai, escrita vem: práticas em sala de aula, que terá uma nova edição em outubro.
Bj, muito obrigada e até já,
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