Acredito que a organização do espaço esteja sempre a serviço dos propósitos pedagógicos, ou seja, são as intenções do professor, ao propor uma atividade, que definirão uma determinada configuração da sala de aula.

No planejamento docente, precisamos considerar modos variados de participação dos alunos, visando à aprendizagem. Entendo que a organização do espaço possa contribuir, de forma significativa, para favorecer a troca de ideias, com os alunos sentados em duplas, ou mesmo em um grande círculo, para socialização de resultados e discussão coletiva, entre tantos outros exemplos.

Como sabemos, a construção do conhecimento exige uma aposta na parceria, na possibilidade de aprender com o outro. Assim, um dos elementos que integram a organização do espaço é a reflexão do professor sobre duplas/trios/grupos produtivos, que possam promover a consolidação do conhecimento para uns, assim como o avanço para outros.

Para além da sala de aula, é importante apostar em diferentes relações entre espaços (dentro e fora da escola) e formas de exploração. Para os pequenos, estar no pátio, na cantina ou em uma praça demanda uma organização e o aprendizado de regras de conduta e convivência, que poderão/deverão ser ampliadas, ao longo do processo de desenvolvimento. Já para os maiores, explorar ambientes diversos cria condições cada vez mais efetivas de observação, investigação e análise, o que tende a compor usos e participações diversificadas e aderentes a cada espaço.