Contexto de produção: para um passeio ao ar livre, uma professora solicitou aos alunos do 4o ano que produzissem uma lista dos “itens para a mochila”. A ideia era que cada um fizesse a sua, para que pudessem ler e reunir os escritos, sem o risco de esquecerem algo importante.

Para informações sobre as fases da escrita, descritas por Emília Ferreiro, clique aqui.

• Comecem a “enfrentar o problema” pela investigação dos saberes de cada aluno. Afinal, nossos meninos e meninas apresentam conhecimentos diferenciados sobre o sistema de escrita. Para evitar atropelos, precisamos planejar atividades compatíveis às etapas de construção da escrita de cada um deles;
• investiguem melhor o que revela a ideia de “não saber ler e escrever”, pois, como vimos, a natureza de nosso sistema de escrita é alfabética-ortográfica e há muitas possibilidades de produção, incluindo diversos aspectos que escapam da questão aqui tratada;
• privilegiem atividades que reúnam toda a turma pela discussão de um assunto, por exemplo, evitando que os “alunos que não sabem ler e escrever” façam “folhinhas avulsas”, enquanto a turma está envolvida em uma outra proposta, por vezes mais dinâmica e significativa;
• planejem atividades em função de gêneros discursivos conhecidos, favorecendo o foco da reflexão no sistema de escrita;
• elejam trabalhos em duplas, o chamado “par colaborativo”, de forma que um possa aprender com o outro (cuidado apenas para não juntar alunos com grandes diferenças de aprendizado, combinado?).