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sua prática / sala de professoras

Dicas para uma escrita correta

Portal Escrevendo o futuro

02 de agosto de 2023

Dicas para uma escrita correta

Dicas para uma escrita correta

Boa tarde, colaboradores!

Antes de tudo, quero parabenizá-los pela excelente iniciativa.

Meu nome é Igo Batista dos Santos, sou professor da rede municipal de ensino do município de Inhambupe (BA) e trabalho na EM de Lagoa, com uma turma de 17 alunos do 5º ano do EF. São crianças na faixa etária entre 10 e 13 anos, oriundas de famílias de baixa renda.

A minha maior dificuldade com a turma é fazê-los compreender quando devemos utilizar as letras maiúsculas e minúsculas, pois muitas vezes eles acabam esquecendo. Outra dificuldade é fazer com que eles utilizem o dicionário para auxiliá-los na busca de significados e escrita correta das palavras. Os alunos escrevem as palavras como pronunciam, apresentando assim, muitas deficiências.

Eu gostaria de saber quais são os mecanismos que eu devo utilizar para fazer com que meus alunos escrevam corretamente.

Desde já, eu agradeço!

Caro professor Igo,

Muito bom saber que você investe tempo para apreciar nossa seção. É um prazer contar com sua participação por aqui!

Quando li sua mensagem, logo reconheci características, nos escritos de seus alunos, que remetem a questões próprias dos anos iniciais do EF: o uso de maiúsculas e minúsculas, o apoio na fala para escrever e a utilização efetiva do dicionário.

Embora os estudantes já tenham percorrido uma trajetória escolar que promoveu a apresentação, reflexão e análise de cada um desses aspectos, o fato é que esse movimento não foi suficiente para que pudessem internalizar o conhecimento, com vistas a responderem a diferentes situações de produção de textos, de forma consistente e “certeira”.

Bem, tentarei dar algumas dicas, considerando a especificidade de cada dificuldade apontada por você. Vamos lá:

- utilização de letras maiúsculas e minúsculas - mesmo no 5o ano, encontramos alunos que tendem a investir maior atenção na construção de palavras, vinculando-se, exclusivamente, a um exercício de codificação (relações entre sons e letras), restando pouco ou nenhum “fôlego” para uma reflexão de outra ordem. Para ajudá-los, entendo que a dica mais prática seja a construção coletiva de um “quadro de regras”, composto por itens que anunciem, de forma clara e objetiva, o correto emprego de letras maiúsculas. Essa lista poderá acompanhar o aluno a cada situação de produção de texto, tanto como um recurso para a primeira versão quanto para a revisão. Com o tempo e o exercício reflexivo, eles deverão internalizar tais conhecimentos. Vale consultar as dicas de atividades presentes no Portal do Professor;

- apoio na fala para escrever - a compreensão de que nosso sistema de escrita é regido por princípios alfabéticos e ortográficos demanda tempo, análise e uma generosa dose de reflexão. Sabemos que a estratégia de utilizar a fala para compor a escrita tende a ser utilizada de forma generalizada, sem os necessários ajustes ortográficos. Então, entendo que a grande aposta aqui deva ser a de ensinar as regularidades do sistema ortográfico, ressaltando que as irregularidades (o que não tem regra) serão alvo de memorização. Quando o aluno se vê diante das regras do sistema ortográfico, pode repensar o princípio de que a fala sempre ajuda a escrever. Agora, se a questão da fala está atrelada a um registro informal, em situações formais, o investimento deve ser o de ensinar diferentes gêneros, contrapondo “modos de escrever”, em função das características próprias de cada gênero do discurso. Sugiro uma leitura atenta e demorada do texto, publicado nesta seção, “Um olhar para a ortografia no EFI”, com atenção a todos os links no final, pois há jogos, variadas atividades e muita reflexão sobre ortografia e aprimoramento textual;

 - uso do dicionário - de fato, ele é um aliado importante para a escrita correta das palavras, além de solucionar dúvidas relativas aos significados e, ainda, a termos sinônimos, que ajudam o aluno a não repetir palavras em uma produção de texto, por exemplo. Sei que você comentou que a escola fica na zona rural e, por isso, talvez vocês não tenham acesso à internet. De todo modo, sugiro explorar dicionários virtuais, analógicos ou, na ausência deles, pensar em atividades que convoquem o uso do significado ou de outros termos, com o mesmo sentido. O importante é fazê-los entender que o dicionário é um “parceiro” na busca por palavras que “digam exatamente o que queremos dizer”! Indico o Caderno Virtual Poetas da Escola, com destaque ao Jogo de aprendizagem Arquipélago Poético (Porto das rimas) e o trabalho com o dicionário analógico, além da publicação do MEC, “Dicionários em sala de aula”, de autoria de Egon Rangel e Marcos Bagno.

Obrigada pelo envio de sua pergunta e muito sucesso no trabalho com sua turma!

Um beijo e até já,


Olímpia

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