Volta às aulas: a importância do planejamento docente
gestos didáticos, planejamento de aula, planejamento docente, sequência didática
Radson Xavier
Francimar Alencar Madureira
Januária/MG
Odiva Silva Xavier
Caros Radson, Francimar e Odiva,
Fiquei bem contente ao ler as perguntas de vocês, especialmente pelo fato de podermos trocar algumas ideias sobre o aprendizado da leitura e da escrita.
Se bem entendi, vocês questionam o trabalho voltado à alfabetização, ou seja, ao domínio das relações entre sons e letras, que auxilia na leitura e produção de textos, ainda necessário em anos escolares mais avançados, como o 6o ano.
Acredito que um aspecto muito importante para nossa conversa seja pensar o que está envolvido nesse trabalho. Como salienta a professora Odiva, no início do Ensino Fundamental I (anos iniciais), a alfabetização é uma questão central e nossas ações se intensificam, pois queremos que nossos alunos utilizem todo o conhecimento sobre as práticas de leitura e escrita já vivenciadas na escola (e fora dela) para refletir sobre os modos de relacionar sons e letras. Mas, como vocês bem sabem, essa tarefa está longe de ser simples, pois implica um trabalho constante e bastante reflexivo por parte dos alunos.
Vamos pensar juntos: será realmente que isso não foi feito nos anos iniciais? Ou será que cada aluno tem um ritmo de aprendizagem, bastante particular, que precisa ser observado, a fim de podermos planejar ações bem ajustadas às necessidades?
Ficarei com a segunda opção, pois entendo que todo professor reconhece aimportância do aprendizado sobre o ler e o escrever na vida das crianças e investe em propostas voltadas a esse objetivo.
Agora, se recebemos alunos em anos mais avançados ainda com questões atreladas à alfabetização, precisamos trabalhar! Mas, como fazer?
Um passo central, já anunciado em outras respostas desta seção, diz respeito à investigação sobre os conhecimentos de nossos alunos. Em outras palavras, eles não sabem escrever o próprio nome (como mencionaram Radson e Francimar), mas com certeza já participaram de alguma situação que envolva os usos da leitura e escrita, não é mesmo? Bilhetes, listas, contos, fábulas, tirinhas, notícias, entre tantos outros gêneros, fazem/fizeram parte da vida escolar desses alunos e devem ser tomados como referência para o trabalho sobre alfabetização. Isso significa que podemos encontrar nesses gêneros – que eles conhecem, sabem como se organizam e sobre os quais têm o que dizer – possibilidades para chamar a atenção sobre a forma de escrever as palavras, sempre fazendo a relação entre os enunciados, as palavras apresentadas e os efeitos de sentido pretendidos pelo autor (o que o autor quis dizer ao escolher determinada palavra).
Com esse trabalho, os alunos começarão a estabelecer relações entre palavras, grupos/famílias de palavras, buscando, inclusive, referências nos textos para escrever seu próprio nome.
Para terminar, uma dica interessante é a consulta a um material elaborado pela Prefeitura de São Paulo, com vários volumes, voltado a crianças que ainda estão em processo de alfabetização, embora em anos mais avançados. Chama-se Estudos de Recuperação, clique aqui para acessar.
Agora, boa leitura e mãos à obra!
Obrigada pelo envio das perguntas, um abraço e até já,
Olímpia
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