Poemas de Luiz Gama
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Olá, Olímpia!
Como posso articular situações de leitura, escrita, oralidade e ensino da gramática? Há tanto o que ensinar e parece que o tempo voa... Dou aula para o EFII e preciso de sua ajuda!
Um abraço e obrigada,
Sônia Oliveira (São Paulo - SP)
Cara professora Sônia,
Essa sensação de termos muito que fazer e pouco tempo parece ser uma constante na rotina de todo professor, não é mesmo? Se pensarmos no tempo didático, que é sempre muito diferente da “hora do relógio”, teremos ainda mais certeza de que o tempo voa...
Bem, vamos tentar reverter isso, fazendo o encontro com nossos alunos render a favor da construção efetiva do conhecimento? Para tanto, entendo que você já tenha parte da solução: apostar na articulação de práticas de linguagem, ou seja, pensar na necessidade de um ensino integrado da leitura, produção oral, produção escrita e análise linguística!
A questão que permanece em aberto refere-se a como promover esse diálogo, certo? Responderei em função do que se apresenta como uma realidade, amplamente testada e aprovada (!), pelo nosso Programa Escrevendo o Futuro, isto é, o caminho trilhado por meio de sequências didáticas (SD).
Antes de mais nada, é preciso entender bem direitinho o que é uma SD e, para isso, trago a definição utilizada em um de nossos cursos virtuais (Sequência Didática: aprendendo por meio de resenhas):
É exatamente essa organização em oficinas que promove a condição de se eleger práticas de linguagem diferentes, ao longo de todo o processo, em torno de um mesmo gênero do discurso.
Vamos a um exemplo: ao analisarmos o Caderno Virtual “A ocasião faz o escritor”, planejado para o ensino do gênero crônica, encontraremos, entre as propostas da Oficina 1, uma roda de conversa inicial – prática oral - para ativação de conhecimentos prévios (descobrir o que os alunos já sabem sobre o gênero), seguida da leitura dos alunos de uma crônica, localizada e escolhida em jornais e revistas oferecidos pelo professor, para a escuta de textos lidos em voz alta, apresentados no Caderno, e novo momento de discussão oral, em função da análise da situação de produção dos textos. Já na Oficina 3, o foco incidirá sobre a produção escrita da primeira versão de uma crônica. Percebeu como esse pequeno exemplo já convocou a articulação de práticas de linguagem distintas?
Desse modo, todo o caminho é traçado, sempre procurando mobilizar diferentes conhecimentos, de acordo com os objetivos de cada uma das oficinas. É fundamental destacar que nem todas as etapas precisarão ser vivenciadas pelos seus alunos, já que os objetivos da roda de conversa, que marca o início do trabalho, são justamente ter acesso aos saberes dos alunos e, em função dos achados, selecionar quais oficinas envolverão conhecimentos ainda não apreendidos pela turma e que, portanto, serão tomados como focos de atenção e estudo.
Também vale refletir sobre a ideia de que o ensino de nenhum gênero deve ser esgotado naquele ano, no sentido de que precisamos ensinar tudo, em função de todas as práticas de linguagem. Mais uma vez será essencial selecionar, eleger alguns aspectos que possam “dialogar” tanto com os conhecimentos dos alunos, quanto com as demandas anunciadas como conteúdos de ensino para o ano, considerando a possibilidade de, pela proposta de progressão, a crônica retornar em um outro ano, com novos enfoques e aprofundamento.
Por fim, vamos aos convites para apreciação, que favorecerão a continuidade de nossa conversa:
Um beijo, obrigada e até já,
Olímpia
Poemas de Luiz Gama
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