Volta às aulas: a importância do planejamento docente
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Conheça os perfis de três docentes que participaram do Encontro de Semifinalistas da 7ª Olimpíada de Língua Portuguesa
Esta edição da Olimpíada de Língua Portuguesa revelou os desafios enfrentados por professores(as) em meio às desigualdades regionais e às restrições e perdas provocadas pela pandemia. Por outro lado, também evidenciou a perseverança, criatividade e capacidade de reinvenção dos(as) docentes. Entre as muitas histórias que conhecemos nos Encontros de Semifinalistas, reunimos aqui os perfis de três professoras, que contam sobre as dificuldades e as possibilidades ao longo do trabalho com diferentes gêneros.
No Norte do Brasil, a Escola Municipal Professora Francisca Góes dos Santos, da comunidade ribeirinha São Francisco, em Careiro da Várzea (AM), aprendeu a lidar com os períodos de cheia e vazante do rio Amazonas. Este ano, porém, uma cheia histórica inundou casas e também a escola, que entrou em recesso por mais de um mês. Na unidade, os(as) docentes produziam materiais impressos para entregar aos(às) estudantes durante o período mais grave de pandemia, já que poucos(as) têm acesso à internet. Com a enchente, a produção e entrega dos materiais precisou ser parada, mas a professora Nancy Socorro de Miranda Cunha não desistiu de trabalhar o gênero Crônica com os(as) estudantes. “Estava aflita porque não sabia como chegar a todos os alunos e garantir que fizessem as atividades”, conta Nancy. Na retomada das aulas, ela mobilizou a direção da escola e as famílias, além de realizar uma busca ativa pelos(as) estudantes que estavam sem contato. Leia mais sobre essa história aqui.
Já no Sul do país, em Capinzal (SC), a professora Cláudia Antunes de Oliveira trabalhou o gênero Poema com a sua turma da Escola Municipal Belisário Pena, incluindo duas alunas haitianas. Abigaelle e Manita, assim como o restante da classe, precisavam criar um poema e recitá-lo, mas não estavam conseguindo devido às dificuldades para se expressar em português. “Falei para elas: faça na sua língua e depois ensine a professora. Vocês falam cinco línguas e eu apenas uma”, conta Cláudia. “Existe a ideia de que são eles que têm de se adaptar, mas eu não concordo. As crianças não têm culpa das condições sociais em que vivemos.” As duas meninas compuseram e leram seus poemas em francês para a turma, que ficou encantada com a sonoridade de uma outra língua. Depois, a professora pediu que elas traduzissem as palavras de seus textos. Suas produções falavam da saudade do lugar onde viveram a maior parte da infância. Conheça mais sobre o trabalho desta professora aqui.
Em meio às aulas remotas do primeiro semestre deste ano, trabalhar com Documentário parecia um enorme desafio, mas a professora Rosiane Paes Silva, de Magé (RJ), resolveu enfrentá-lo. A grande participação dos(as) estudantes surpreendeu-a e a classificação na Etapa Municipal do concurso foi o incentivo que faltava. Os(as) jovens queriam continuar produzindo documentários e surgiu a ideia de criar uma Escola de Cinema no contraturno das aulas do CIEP 441 Mané Garrincha, que funciona em tempo integral. O projeto se transformou num laboratório audiovisual, o Lab Take 441, que conta com cineclube, oficinas e minicursos ministrados pela própria turma sobre temas diversos, como ferramentas de design gráfico e animação, além, é claro, da produção de vídeos. “Considero que todo esse projeto é um legado da Olimpíada”, diz a professora. Leia mais sobre o laboratório audiovisual aqui.
Conheça outras histórias de professores(as) e suas turmas na cobertura dos Encontros de Semifinalistas de cada gênero:
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