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Novidades sobre a Olimpíada 2021 e um balanço sobre a educação em meio a uma pandemia

Marina Almeida

07 de agosto de 2023

Neste ano de tantos desafios, buscamos apoiar professores e construir o caminho para a 7ª edição da Olimpíada de Língua Portuguesa

Ao final de um ano difícil como este, é com grande satisfação que anunciamos que em 2021 será realizada a 7ª edição da Olimpíada de Língua Portuguesa. A edição extraordinária terá foco no protagonismo dos professores e de suas turmas que, a muitas mãos, irão construir um processo coletivo de aprendizagem. 

“Diante dos desafios enfrentados em 2020, estamos redesenhando a próxima edição, com o objetivo de apoiar o trabalho pedagógico das professoras e professores de Língua Portuguesa no retorno das aulas, sejam presenciais, remotas ou híbridas”, explica Maria Aparecida Laginestra, coordenadora do Programa Escrevendo o Futuro. Ela conta que as atividades propostas nos Cadernos Docentes trazem oficinas e coletâneas atualizadas, que devem contribuir para engajar os estudantes na retomada desse percurso de ensino e aprendizagem. Apesar das mudanças, poderão se inscrever, como nos outros anos, professores do 5º ao 9º ano do Ensino Fundamental e dos três anos do Ensino Médio de escolas públicas, nas categorias Poema, Memórias Literárias, Crônica, Documentário e Artigo de Opinião.

“Preparem-se, professores e professoras, com seus alunos e alunas, para documentar, por meio do registro escrito e multimídia, as vivências e os saberes construídos em colaboração. Vem aí mudanças significativas, sem perder de vista o compromisso com a continuidade da formação e o vínculo com os(as) professores(as)”, avisa Maria Aparecida. Ficaram curiosos? Acompanhem as notícias do Portal no próximo ano e sintam-se convidados, desde já, para o Lançamento Nacional da 7ª edição extraordinária da Olimpíada de Língua Portuguesa.

Um ano de reinvenção

Num ano de enormes desafios para a saúde, economia e educação, professores se viram obrigados a reinventar sua prática docente no contexto de isolamento social e enormes diferenças regionais do país. “Com o fechamento das escolas, a urgência nos obrigou a encontrar novas trilhas, exigiu um esforço hercúleo dos(as) professores(as) em buscar estratégias, transformar interações presenciais em remotas, além da preocupação em não abandonar os estudantes e intensificar ainda mais desigualdades educacionais, principalmente das crianças e jovens que não têm acesso aos equipamentos tecnológicos e conexão com a internet”, relembra Maria Aparecida.

Num movimento de buscar, primeiramente, ouvir os educadores sobre os desafios do momento, a seção Pergunte à Olímpia abriu espaço para os professores e gestores enviarem seus relatos. A compilação das respostas revelou que 45% das mensagens apontavam a falta de acesso à internet dos alunos como maior dificuldade enfrentada nas aulas remotas emergenciais. Já entre os desafios para lidar com essa nova prática, as dificuldades para dominar as tecnologias digitais (41%) e para aliá-las às práticas pedagógicas (41%) foram as questões que mais apareceram. 

A partir dos pontos levantados, uma série de ações buscou trazer apoio a esses professores nessa nova realidade e compartilhar estratégias com escolas e redes de ensino. A live com Sônia Madi, que foi coordenadora do Programa entre 2002 e 2016, foi um momento de pensar sobre os desafios e também de acolher os profissionais neste momento. Sônia volta a refletir sobre as recentes mudanças no trabalho docente no artigo “Com quais saberes se constrói uma prática?”, publicado na revista Na Ponta do Lápis (nº 35). 

A última edição da revista (nº 36), que no início de 2021 será divulgada também em formato digital no portal, amplificou essas discussões com os artigos Do Letramento da Letra aos Letramentos digitais no ensino de Língua Portuguesa, de Jordana Thadei, e Aulas Remotas um olhar para além das telas, de Elizete Vilela de Faria. 

O Programa também buscou ser um espaço para compartilhar poesia e arte, contra o isolamento desse momento. Acompanhamos a live com as poetas e slammers Jéssica Campos e Tawane Theodoro, ouvimos os jovens sobre seus livros favoritos, compartilhamos as ações virtuais de museus e centros culturais de todo o país, participamos de debates sobre leitura e literatura, ouvimos os poemas de Conceição Evaristo, conhecemos mais sobre a obra de Geni Guimarães, entre muitas outras ações. 

Formação remota

As ações formativas do Programa Escrevendo o Futuro também foram mantidas, ainda que no modelo a distância. Este ano foi dedicado às ações regionais com professores para melhoria do ensino de leitura e escrita – uma etapa da preparação para a Olimpíada em 2021. Com a chegada da pandemia, os cursos precisaram se adaptar ao modelo totalmente remoto. A mudança também exigiu o enfrentamento de desafios, como problemas de conexão à internet e dificuldades de alguns professores com o uso de ferramentas digitais. Por outro lado, permitiu a expansão do número de vagas e ampliou o alcance dos cursos para regiões que muitas vezes não conseguiam estar presentes nas formações tradicionais. Maria Aparecida cita ainda a ampliação do letramento digital dos professores, que podem incorporar os aprendizados em sua prática, como um dos benefícios desse formato. Entre as desvantagens, ela aponta também a ausência do diálogo mais próximo entre os participantes e o docente formador, a falta de trocas de experiências e reflexões em grupo. 

Uma série de reportagens publicadas no portal mostrou como cada região adaptou as formações à sua realidade, driblando desafios e buscando soluções para promover a aprendizagem em 23 estados do país. Muitos dos cursos contaram ainda com webinários abertos, que trouxeram debates e convidados especiais. Alguns desses registros podem ser acessados na seção de vídeos do portal, ampliando a formação para além de seu público. 

Já os cinco cursos on-line regulares oferecidos pelo portal tiveram uma participação surpreendente no primeiro semestre deste ano, além de baixos índices de evasão – que são um problema recorrente em cursos a distância. Maria Aparecida conta que é necessário um estudo para entender a alta da demanda, mas levanta algumas hipóteses: “será que os(as) professores(as), por estarem em casa, em decorrência do recesso das redes de ensino, puderam dedicar parte do seu tempo em sua formação continuada?”.

Novas plataformas

Este também foi o ano de ver alguns dos textos premiados na Olimpíada ganharem o mundo em cores, imagens e novos formatos. Duas crônicas e dois poemas vencedores foram transformados em livros digitais pelo projeto Leia para uma Criança, do Itaú Social. Os textos nos mostram um pouco do cotidiano desses alunos e são os primeiros títulos da coleção assinados por crianças. A iniciativa contou ainda com duas lives em que os cantores Gilberto Gil e Gaby Amarantos leram essas histórias para pequenos leitores de todo o país. 

Em 2020, o Brasil inteiro pôde conhecer os documentários vencedores da 6ª edição da Olimpíada de Língua Portuguesa. O gênero foi a grande novidade da 6ª edição da Olimpíada e trouxe o olhar dos alunos para questões sociais e culturais do lugar em que vivem. No portal, também compartilhamos os áudios de trechos dos poemas semifinalistas, além de todos os textos finalistas e dos relatos de prática vencedores.  

A incerteza sobre a pandemia continua, mas buscamos apoiar os professores em seu trabalho de levar a leitura e a escrita aos alunos de todo o país. “Para além das indagações, sabemos que a educação foi impelida a redescobrir caminhos possíveis em 2020 para assegurar, no próximo ano, o direito à educação”, acredita Maria Aparecida. Em 2021 continuaremos nossa missão, com a edição especial da Olimpíada. Esperamos poder contar com todos vocês para transformar o próximo ano num período de muito aprendizado e empenho para a cultura e a educação pública.

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