Volta às aulas: a importância do planejamento docente
planejamento docente, gestos didáticos, sequência didática, planejamento de aula
O tema é mais que atual e pertinente para os jovens. Por isso o debate realizado em Brasília, em 19/11, durante a oficina da categoria Artigo de Opinião, entre estudantes do Ensino Médio de todos os Estados brasileiros, pegou fogo. Transmitido ao vivo pelo Portal Escrevendo o Futuro, foi a principal atividade dos semifinalistas dessa categoria na edição 2014 da Olimpíada de Língua Portuguesa Escrevendo o Futuro. Para quem não pôde assistir e quiser conferir, o Portal está disponibilizando a íntegra do evento em vídeo. Acesse o link ao final do texto.
Ísis Dantas
No dia 19 de novembro, último da oficina regional de Artigos de Opinião da Olimpíada de Língua Portuguesa Escrevendo o Futuro, em Brasília, os 125 semifinalistas das cinco regiões brasileiras, reuniram-se para debater um tema atual e presente em suas vidas: as redes sociais e a juventude. O ponto central da discussão foi: O intenso uso de redes sociais traz mais desvantagens do que vantagens para a juventude?
Com entusiasmo e motivados na defesa de seus argumentos – discutidos, sob a orientação de professores formadores, numa oficina que precedeu a discussão e lhes permitiu coletar subsídios e a analisar os diferentes ângulos de cada questão - os jovens articulistas soltaram o verbo e debateram em alto nível os meandros das questões que desdobraram do tema central.
Para defender pontos de vistas opostos, a partir de seus principais argumentos, os jovens fizeram uma leitura contextualizada dos argumentos mais utilizados em favor e também aqueles contrários ao uso das redes sociais para a juventude.
Divididos em duas equipes, um grupo saiu em defesa do “sim”, sustentando que as redes sociais trazem mais desvantagens para a juventude. Já a outra equipe advogou em favor do “não”, destacando as vantagens que as redes sociais proporcionam aos jovens.
Foi um momento extremamente rico, no qual os adolescentes colocaram em prática tudo que aprenderam na sala de aula e, acima de tudo, demonstraram maturidade, coerência, respeito às diferenças e firmeza para fazer uma disputa séria, pautada no campo das ideias.
Eles se valeram de vários tipos de argumentos - do estatístico ao argumento de autoridade - para defender suas posições. Trouxeram assuntos muito presentes e discutidos em nossa sociedade, com uma profundidade que deixaria acadêmicos de boca aberta.
Questões como “cyber bulling”, massificação cultural, poder de convocação das redes sociais, o Marco Civil e o pioneirismo do Brasil na regulação da Internet, a liberdade de expressão e a imposição de pontos de vista nas redes sociais, entre outros, permearam o debate mostrando o quanto os jovens estão muito conectados e atentos às informações veiculadas pelos diversos meios de comunicação.
Segundo o aluno Gustavo Ítalo Freire Martins, de Pau dos Ferros, no interior do Rio Grande do Norte, o debate foi muito rico, pois a partir da apresentação dos diferentes argumentos foi possível chegar à consolidação de uma opinião mais correta.
“Esses assuntos estão presentes em nosso dia-a-dia de maneira muito clara. As redes sociais, a maneira de usá-las e a forma como os sujeitos interferem e interagem a partir dessa ferramenta. O debate é importante, pois traz essa discussão e nos faz pensar, entender a opinião do outro e a partir da opinião do outro e da nossa própria formular uma idéia mais concreta e formar cidadãos melhores”, disse.
Já Luís Aguiar, estudante de Arapiraca, Alagoas, destacou as impressões que teve com a possibilidade de defender um tema, mesmo sem concordar com ele: “Além de abrir um leque de possibilidades, do que poderíamos entender por benefícios e malefícios das redes sociais, a partir do debate, nós podemos aprender a defender certos pontos de vista, mesmo que não concordemos”, disse. “Fomos divididos entre o “sim’ e o “não” e mesmo que alguns quisessem mudar de equipe, acabamos aprendendo a defender o tema mesmo sem, de fato, concordar com ele. Acho que isso é muito importante para quem quer trabalhar nesse meio, jornalístico ou qualquer que seja, pois nos faz perceber que todo assunto tem dois lados. Outro ponto positivo foi que o processo de defesa dos nossos pontos de vista nos ajudou, significativamente, no processo de escrita dos textos que escrevemos logo após o debate”, finalizou.
O debate foi dividido em quatro blocos, cada um voltado para uma das questões que desdobraram do tema central. Foram elas: redes sociais e isolamento social; redes sociais e consumo; redes sociais e privacidade; redes sociais e debate.
Para selecionar o grupo de estudantes que apresentou os argumentos mais convincentes em cada um dos blocos, 11 jurados ligados à Olimpíada acompanharam atentamente as falas dos jovens.
O critério adotado pelos jurados para escolher os vencedores de cada bloco foi a seleção do grupo que melhor soube explorar a construção dos argumentos que sustentaram a questão defendida, e não a partir da opinião que teriam sobre o tema propriamente dito.
Ao final dos quatro blocos deu empate. O grupo do “Sim’ foi melhor no primeiro e terceiro blocos. O grupo do “Não” levou no segundo e quarto blocos. Mas quem ganhou de verdade foram os que puderam acompanhar, seja presencialmente ou pela Internet (o debate foi transmitido ao vivo), a vontade dos jovens de aprender, de discutir e de defender suas teses com categoria e conhecimento de causa.
E a atividade não acabou por aí. Logo após a discussão, os alunos voltaram para as salas onde realizavam as atividades das oficinas para escrever um novo texto sobre algum dos temas tratados no debate. Mais uma das tarefas “olímpicas” a que se entregaram com grande prazer antes de retornarem renovados às suas comunidades.
Assista aqui à íntegra do debate que reuniu os 125 semifinalistas da categoria Artigo de Opinião em Brasília, no dia 19 de novembro. Em quase duas horas, estudantes de todos os Estados brasileiros puderam dar sua opinião sobre os dilemas que envolvem jovens e as redes sociais. O vídeo está dividido em 4 partes.
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