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Música de Noel Rosa vira crônica em escola de SP

Escrevendo o Futuro

07 de agosto de 2023

2783_noel_gdeFoi depois de ler a edição de março da revista Na Ponta do Lápis, publicação da Olimpíada de Língua Portuguesa Escrevendo o Futuro, que a professora Maria Imaculada Pereira, da Escola Estadual Prudente de Morais, em São Paulo (SP), resolveu experimentar uma atividade que a revista propunha: fazer um trabalho para a escrita de crônicas com seus alunos baseado em composições da MPB.

A proposta foi criada pela pedagoga Maria Aparecida Laginestra, da equipe da Olimpíada, que escolheu um dos maiores nomes da música brasileira, o sambista Noel Rosa (1910-1937), para inspirar o trabalho em sala de aula (clique aqui para conhecer a atividade ).

Por notar que seus alunos viviam com aparelhos de MP3 nos ouvidos, sempre em contato com música, Imaculada pensou que a ideia era boa, apesar de não estar bem certa em realizar o trabalho com um compositor pouco conhecido entre os mais jovens. “Tinha dúvidas quanto à escolha do compositor. Apresentei Noel Rosa com certo receio, já que suas canções não fazem parte do repertório que eles costumam ouvir”, explica.

Mas ela resolveu seguir em frente, acompanhando os passos da proposta. Começou levando para a sala de aula um CD de Noel e um livro sobre sua obra. Apresentou o compositor aos alunos, começando a discussão a partir da biografia. Com uma vida tumultuada e cheia de peripécias, Noel caiu nas graças dos estudantes que precisaram de poucas músicas para se encantarem com o gênio de Vila Isabel e perceberem o cronista musical. “A turma não apenas aceitou a proposta, como se divertiu muito com algumas letras de Noel. Além de Conversa de botequim, ouvimos outras canções dele e senti que o entusiasmo da turma crescia. Depois de ouvirmos as canções, explorei com os alunos as histórias que elas nos contavam”.

Transformar letra de canção em crônica

Nas atividades de análise das canções, a professora ia perguntando: “Tem personagens? Quais são? O que fazem? O que acontece com eles? Como são e como avaliam a figura central - o eu-lírico - da canção? Onde se dá essa conversa?”. O arremate veio rápido: “Não temos aqui todos os elementos para compor uma crônica? Que tal transformarmos essa letra de canção em crônica?”. Foi aí que apareceu o primeiro susto dos estudantes: ter que transformar uma coisa em outra.

Utilizando crônicas inspiradas em canções, abriu o caminho para que percebessem os vínculos e começassem a comparar letras da canção com a crônica baseada nela. “Fui perguntando o que o cronista tinha aproveitado da música e o que ele inventou. Que semelhanças e diferenças havia entre os dois gêneros? O que tornou a crônica engraçada, divertida? Que recursos da língua foram mobilizados para que isso acontecesse?”. No passo seguinte os alunos partiram para as suas próprias produções. Os resultados, segundo a professora, foram surpreendentes: “Os estudantes se sentiram impactados para escrever. E é difícil começar. Ensaiamos uns quatro ou cinco inícios de crônica. Aos poucos foram pegando o tom da conversa. As primeiras produções vinham frágeis. Houve um vai e vem: eles traziam os textos e eu ia comentando, fazendo perguntas sobre o que escreveram. Depois foram reescrevendo. E foi fantástico eles notarem as diferenças entre as primeiras produções e as produções finais”.

A partir de agora, não apenas Noel Rosa, mas O Rappa, Paralamas do Sucesso, Racionais MCs, entre outros, passam a render boas histórias para os alunos da Escola Estadual Prudente de Morais.

Veja também: vídeo com depoimento da professora Maria Imaculada Pereira e de seus alunos.

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