Conheça os(as) vencedores(as) da maior premiação literária do país em diversas categorias
Anunciado no dia 25 de novembro, o grande vencedor do Prêmio Jabuti 2021 é o livro infantil Sagatrissuinorana (Ôzé Editora), de João Luiz Guimarães e Nelson Cruz. Ganhador nas categorias Infantil e Livro do Ano, a obra ilustrada inspira-se na escrita de Guimarães Rosa. Num reconto da fábula “Os três porquinhos”, o livro cria uma metáfora para falar sobre o rompimento das barragens de Mariana e Brumadinho, em Minas Gerais, e discutir a destruição ambiental. "A gente não pode esquecer das pessoas que se foram, nem que ainda estamos sob esse risco", disse Nelson na cerimônia on-line.
O Jabuti, premiação literária mais tradicional do Brasil, concedido pela Câmara Brasileira do Livro (CBL), aconteceu, pela segunda vez, de forma totalmente remota, com transmissão pela internet. Na categoria Romance Literário, o livro premiado foi O avesso da pele (Cia das Letras), de Jeferson Tenório, que aborda o racismo e a violência policial no país.
Em Poesia, o prêmio foi para Batendo Pasto (Relicário), de Maria Lúcia Alvim. A autora, que retrata o espaço rural, recebe um reconhecimento póstumo – ela faleceu em fevereiro deste ano por complicações de Covid-19. Na categoria Conto, o prêmio foi para Flor de Gume (Jandaíra), de Monique Malcher, que aborda temas como violência doméstica e abuso sexual. Histórias ao redor (Cousa), de Flávio Carneiro, levou o prêmio de Crônica com uma seleção de textos que falam da relação do escritor com a palavra e a literatura.
Já a categoria Juvenil premiou a obra Amigas que se encontraram na história (Quintal Edições), de Angélica Kalil e Amma, que fala sobre mulheres importantes da história, como Frida Kahlo, Nise da Silveira e Malala Yousafzai. Na categoria Histórias em Quadrinhos, o prêmio ficou com a obra META: Depto. de Crimes Metalinguísticos (Zarabatana Books), de André Freitas, Omar Viñole, Marcelo Saravá e Dayvison Manes. O pós-apocalíptico Corpos secos (Alfaguara), de Marcelo Ferroni, Natalia Borges Polesso, Samir Machado de Machado e Luisa Geisler levou o prêmio na categoria Romance de Entretenimento.
Entre as obras de não ficção, A república das milícias: Dos esquadrões da morte à era Bolsonaro (Todavia), de Bruno Paes Manso, levou o prêmio de Biografia, Documentário e Reportagem. Em Ciências Humanas, Sobreviventes e Guerreiras (Planeta do Brasil), de Mary Del Priore foi o premiado. Já em Ciências Sociais, A razão africana: breve história do pensamento africano contemporâneo (Todavia), de Muryatan S. Barbosa, foi o vencedor.
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