Volta às aulas: a importância do planejamento docente
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A 16ª edição da Festa Literária Internacional de Paraty, mais conhecida como FLIP, está próxima. O conhecido evento acontecerá entre os dias 25 e 29 de julho na cidade de Paraty, às margens do rio Perequê-Açu. A Flip traz uma programação que inclui palestras, discussões acerca da literatura e as mais diversas manifestações artísticas e culturais. A festa também oferece atividades para as crianças, a Flipinha, e para os adolescentes e jovens há a Flipzona.
A Flip conta com a participação de 33 convidados para compor sua programação principal. Entre os destaques brasileiros estão a atriz Fernanda Montenegro, na abertura do evento, ao lado da pianista e compositora Jocy de Oliveira; Geovani Martins, escritor de O sol na cabeça; o cantor e compositor Zeca Baleiro; a atriz Iara Jamra; e a escritora do livro Quem tem medo do feminismo negro?, Djamila Ribeiro. Entre alguns destaques internacionais estão a autora franco-marroquina Leïla Slimani, autora de Canção de ninar; a russa Liudmila Petruchévskaia, de Era uma vez uma mulher que tentou matar o bebê da vizinha; o estadounidense Colson Whitehead, do premiado Underground Railroad: os caminhos para a liberdade; e o egípcio André Aciman, escritor do livro Me chame pelo seu nome, que serviu de inspiração para o filme de mesmo nome, ganhador do Oscar 2018 de melhor roteiro adaptado.
Durante todas as edições, a Flip prestou homenagem a um escritor brasileiro, com o objetivo de exaltar a sua importância. Ao lado de autoras como Clarice Lispector (2005) e Ana Cristina César (2016), Hilda Hilst será a terceira mulher a ocupar os holofotes da grande festa, sendo homenageada após 14 anos de sua morte.
Hilda Hilst: vida e obra
Hilda Hilst, durante muitos anos, questionou o fato de sua obra ocupar um espaço limitado na literatura nacional e criticou os problemas de distribuição e a pouca popularização de seus livros. Sua obra foi rotulada como marginal e hermética, porém, logo no início de sua carreira, quando publicou Presságio,seu primeiro livro, teve apoio de Jorge de Lima e Cecília Meireles. Hilda sempre pareceu uma mulher à frente de sua época, não era comum em pleno anos 50 que uma jovem inteligente, bonita e brilhante falasse abertamente de eroticidade em seus textos. A também escritora e amiga de Hilda, Heloneida Studart, disse que o grande azar de sua vida foi ter nascido mulher: "Se Hilda fosse homem já a teriam saudado como um de nossos escritores mais criativos". E é o que de fato acontece atualmente, sua fama vem se espalhando e Hilda tem se tornado cada vez mais influente, seu trabalho vem sendo objeto de estudo e inspira diversos artistas e escritores.
Hilda escreveu por quase 50 anos, sua obra caminhou entre a poesia, a prosa e o teatro. A poesia foi que deu início à sua carreira, e o tom poético esteve presente em todas as suas obras desde então. Em 2017 foi lançado pela Companhia das Letras o livro Da poesia, uma edição composta por todo o acervo poético de Hilda, com poemas inéditos e ilustrações da própria escritora. A singularidade da sua poesia é vista através das temáticas trabalhadas, que exploram o amor, o erotismo, a morte, a loucura, o misticismo e a solidão. Em prosa, Hilda publicou alguns livros, como o romance A Obscena Senhora D, tendo também se arriscado na criação dramatúrgica - no período entre 1967 e 1969, ela escreveu oito peças teatrais, justificadas pela necessidade de se comunicar com as pessoas, em uma época em que o país estava preso a um regime ditatorial, que censurou e limitou o pensamento humano. Hilda usou da voz poética como uma proposta de transformação ao cenário atual, de forma que através de seus textos e das manifestações artísticas teatrais, pudesse denunciar e alertar a população da urgência de um posicionamento acerca das relações humanas atuais.
Hilda de Almeida Prado Hilst (Jaú, SP, 1930 - Campinas, SP, 2004). Poeta, ficcionista, dramaturga e cronista. Após a separação de seus pais, em 1932, muda-se com a mãe, Bedecilda Vaz Cardoso, para Santos, e, em 1937, para São Paulo. Cursa o primário e o ginásio no internato do Colégio Santa Marcelina. Completa os estudos secundários no Instituto Mackenzie, em 1947. No ano seguinte, ingressa na Faculdade de Direito do Largo São Francisco, graduando-se em 1952. Sua estreia em livro ocorre em 1950, com a publicação do livro de poemas Presságio. Em 1966, determinada a dedicar-se apenas à literatura, muda-se para a Casa do Sol, chácara em Campinas. Nesse ano, morre seu pai, Apolônio de Almeida Prado Hilst, que desde 1935, diagnosticado esquizofrênico paranoico, passa por períodos de internação em hospitais psiquiátricos - episódios relacionados ao momento tornam-se motivos recorrentes na obra de Hilda. Entre 1967 e 1969, escreve oito peças teatrais, parcialmente inéditas até 2009. Em 1970, estreia na prosa, com a publicação de Fluxo-Floema. A mãe, internada desde o início da década de 1960 também em hospitais psiquiátricos, morre no mesmo ano. Em 1990, com a publicação de O Caderno Rosa de Lori Lamby, anuncia que vai aderir à literatura pornográfica. Após sucessivas internações em decorrência de isquemias e tumores no pulmão, Hilda morre, em 2004.
Fonte: http://enciclopedia.itaucultural.org.br/pessoa3170/hilda-hilst
Um pouco mais sobre Hilda Hilst:
Documentário “Hilda Humana Hilst”
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