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sua prática / sala de professoras

Internet para leitura na sala de aula: mocinha ou vilã?

Portal Escrevendo o futuro

01 de agosto de 2023

Olá, professor e professora!

Meu nome é Olímpia e também sou educadora. Neste espaço, quero conversar com você sobre as práticas de ensino da leitura e da escrita. A cada mês, eu enfoco um novo tema em minhas colunas.

A proposta é que essa prosa virtual aconteça a partir das suas dúvidas, que podem ser deixadas no espaço reservado para comentários de cada texto. Lembre-se de incluir seu nome, cidade e UF, bem como seu contexto de trabalho, o ano escolar da sua turma, a dificuldade apresentada e, por fim, sua dúvida. Assim, terei mais elementos para sugerir possibilidades de trabalho.

A sua questão pode ser a minha, que já se torna nossa e de tantos outros(as) internautas conectados(as). É dessa forma que a construção do conhecimento em rede se estabelece!

Confira, abaixo, as colunas já escritas e aproveite para deixar sua dúvida! Ela pode ser o tema de minha próxima coluna!

Um abraço carinhoso, muito obrigada e até já,

Olímpia

Internet para leitura na sala de aula: mocinha ou vilã?

Internet para leitura na sala de aula: mocinha ou vilã?

Olímpia,

Tenho três turmas de alunos de 3º Ano do Ensino Médio. É preciso motivá-los a ler cada vez mais para que eles se saiam bem em redação. Mas há controvérsias quanto às leituras solicitadas, uma vez que ao invés de livros de literatura, jornais ou revistas, a maioria dos alunos insiste em acessar a internet em sala de aula para realizar a leitura. Isso é válido também?

Cara professora Neiva,

Muito boa a sua pergunta, pois, certamente, muitos professores se questionam sobre a pertinência e a relação entre alcances e limites do uso da internet em sala de aula, para as atividades de leitura ou mesmo produção de textos! Então, vamos ”prosear” um pouquinho sobre o assunto?

Entendo que nossos jovens, diferente de nós na época de escola, contam com uma diversidade de suportes e mídias para o acesso aos textos, dentro e fora da classe. Além disso, acredito que o planejamento de atividades que se caracteriza em função dessa variedade deva ser uma tarefa de todo professor do século XXI, não é mesmo?

Em muitos de meus contatos com educadores, em momentos de formação, perguntas como a sua aparecem e tendem a revelar a preocupação docente quanto ao uso excessivo da internet em contraste à utilização, cada vez menos presente, de suportes impressos, como livros, jornais e revistas.

Mas, pense comigo: se analisarmos bem de perto a apresentação, seleção e organização das informações presentes especialmente nos jornais e revistas eletrônicos, podemos levar para a turma uma reflexão muito pertinente e significativa! Seguindo esse raciocínio, estaremos diante da oportunidade de problematizar algumas interessantes questões, como, por exemplo, os efeitos de sentido da produção e leitura de textos, considerando formas de composição, seleção, tratamento das informações e destaques pertencentes a cada notícia ou outro gênero da esfera jornalística, em contraste com as mesmas produções veiculadas em jornais e revistas impressos.

Acredito que o nosso foco não deva ser o da exclusão, no sentido de pensarmos que os jovens não se interessam pelo produto cultural impresso e apenas valorizam o virtual, mas o da convivência, com vistas a favorecer a pluralidade na vida dos alunos e, especialmente, a análise crítica a respeito das particularidades e potencialidades do trabalho com a produção escrita e a leitura de diferentes gêneros discursivos, virtuais ou não.

Somado a tudo isso, está a questão do nosso objetivo pedagógico; afinal, se queremos despertar nos estudantes o interesse pela leitura, seja a literária, jornalística ou científica, por que não tornar a internet uma grande aliada?

Ouso ainda questionar: será que a leitura de textos na internet não colabora para a busca mais rápida e significativa de sites, blogs e outras fontes que corroboram o processo de construção de conhecimentos? E o que dizer das estratégias de leitura, a serem utilizadas pelos alunos, diante dessa variedade de textos que podem favorecer, pela intertextualidade, uma leitura mais crítica e efetiva? Ainda vale citar dois exemplos (o primeiro deles complementar ao citado acima):

  1. É possível comparar reportagens veiculadas em sites e blogs com as publicadas em jornais e revistas periódicas. Os textos diferem ou se complementam? Qual suporte parece oferecer informações mais completas? Que recursos de linguagem são usados no texto impresso? E na internet? Quais os efeitos da linearidade (impressos) e não linearidade (virtuais) na construção de sentidos de cada texto?
  2. No caso dos textos literários, a proposta pode ser de abrir espaço para blogs, Facebook e booktrailer, para ajudar a aguçar nos jovens o gosto pela literatura.

Bem, para continuar essa instigante conversa, seguem algumas sugestões de leitura:

Desejo muito sucesso, para você e seus alunos, nesse caminho repleto de desafios e descobertas!

Agradeço, mais uma vez, pelo envio de sua pergunta e fique à vontade, assim como nossos leitores, para comentar minha resposta, combinado?

 
Um abraço e até já,

Olímpia

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