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A literatura é uma forma poderosa de expressão humana, capaz de criar narrativas que preservam e transmitem experiências, tradições e saberes. É uma linguagem artística que guarda em si a essência do encontro – com outras(os) e consigo, em espaços-tempo diversos – de modo a promover a empatia, na medida em que nós, leitoras(es), somos convocadas(os) a conhecer e a nos relacionar com realidades diferentes das nossas.
No entanto, essa mesma arte literária que tem o poder de nos aproximar, também pode contribuir para a valorização de um discurso único, para o reforço de estereótipos ao retratar grupos minoritários de maneira simplificada, e para o apagamento de vozes dissidentes que desafiam as estruturas de poder. Isso ocorre quando negamos ou desconhecemos a pluralidade de autorias que elaboram suas vivências na literatura.
As aulas de Língua Portuguesa são um território bastante fértil para explorar a diversidade literária, enriquecendo o repertório cultural de estudantes e também favorecendo a construção de suas próprias identidades. Para apoiar professoras e professores no planejamento de aulas mais inclusivas e acolhedoras das vozes que formam a nossa sociedade, selecionamos alguns materiais sobre este tema.
No artigo O que é Literatura LGBTQIA+?, a autora Amara Moira aguça a nossa sensibilidade para a leitura sobre a existência de indivíduos com orientação sexual e identidades de gênero que fogem da norma estabelecida por parte da sociedade, recuperando suas lutas por visibilidade através da escrita literária ao longo da história. Aproveite e confira aqui atividades elaboradas por Lua Lucas, abordando os atravessamentos vividos pela comunidade LGBTQIAPN+ por meio da leitura do poema “Eu existo”, de Luan Bressanini.
Na entrevista Slam das Minas: mulheres na batalha poética, as poetas Pam e Carol falam sobre como uma batalha de poesias autorais, exclusiva para vozes femininas, pode se transformar em um espaço seguro para mulheres se expressarem literariamente sobre questões que permeiam suas vidas como assédio, machismo, racismo e maternidade.
Leia ainda os artigos Inaugurando a literatura de autoria feminina negra, de Luciana Martins Diogo, que apresenta a trajetória de Maria Firmina dos Reis, escritora do primeiro romance antiescravista de autoria feminina em língua portuguesa, e Quarto de despejo como diário de Carolina Maria de Jesus: armadilhas e possibilidades em sala de aula, de Fernanda Sousa, que traz reflexões sobre como contornar os estereótipos racistas que marcaram os processos editoriais, sofridos pela autora, na publicação de sua primeira obra.
Conheça o projeto de escrita Nossas vivências e as escrevivências de Conceição Evaristo, elaborado pelas professoras Elaine, Karla e Marilane e editado pela formadora Jordana Thadei. Elas apresentam uma proposta de leitura de obras dessa escritora que favorece a abordagem de temáticas sociais, de raça e de gênero, além de propor atividades pedagógicas conectadas com a cultura digital.
Em entrevista para a revista Na Ponta do Lápis, edição nº 37, o pesquisador e autor Cuti conta sobre a sua formação leitora e a inevitável passagem para o lugar de escritor de literatura. Ele também fala sobre a criação conceitual do termo Literatura Negro-brasileira.
A oralidade é matéria primordial para pensar a expressão literária de autoras e autores indígenas. Confira as atividades propostas por Sony Ferseck em Apresentando a literatura indígena: orientações para a leitura do conto “A gênese Maraguá e a origem do mundo”, de Yaguarê Yamã, pensadas para as turmas dos Anos Finais do Ensino Fundamental. Leia também a reportagem Literatura indígena: outros livros, outras histórias do Brasil, que traz referências de obras, autorias e materiais para apoiar o trabalho docente na inclusão de história e cultura indígenas nas escolas.
Confira ainda a entrevista Poetavoz da periferia, com Sérgio Vaz, publicada na edição nº 22 da revista Na Ponta do Lápis, que aborda sua trajetória de poeta periférico e a criação do Sarau da Cooperifa. Um dos fenômenos culturais mais interessantes do Brasil, o evento reúne donas de casa, professoras(es), estudantes, operários e gente da comunidade local para ler, falar e cantar poesia no Bar do Zé Batidão.
A literatura de vozes diversas
Além de artigos, entrevistas e planos de aula, o Escrevendo o Futuro publica em seu Portal textos literários de autorias diversas com o objetivo de contribuir com a ampliação de repertório de professoras e professores. Confira uma seleção de poemas, contos e crônicas para trabalhar com suas turmas de estudantes:
Carol Bensimon: Tatuagens para todos
Conceição Evaristo: De mãe
Daniel Munduruku: Tatuapé. O caminho do Tatu
Geni Guimarães: Cremos, Arquiteta e Integridade
Lilia Guerra: Sábado de aleluia, Conduções
Sacolinha: Diga-me alguma coisa, pelo amor de Deus!
Yaguarê Yamã: A gênese maraguá e a origem do mundo e Ka’apora’rãga e as mães da mata
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Conheça as educadoras da nova seção “Sala de professoras”
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