Problemas de Antônio Dias

Antônio Dias representa a classe das típicas cidades do interior de Minas Gerais, com seus poucos e pacatos 9.363 mil habitantes. Quando se pensa no baixo número de moradores a previsão de que problemas relacionados á condição de existência da população sejam fáceis de serem resolvidos, mas não é o que se pode constatar, visto que essas são barreiras antigas da cidade.

No entanto os cidadãos Antônio-dienses podem contar com uma vasta extensão territorial de acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) sendo sua área total calculada em 787,061 km², porém essa "desmedida" cidade está dividida geograficamente em um pequeno, centro urbano, o qual não se queixa da qualidade da água, e as extensas comunidades pertencentes, ás chamadas "zona rural", que são deixadas a mercê desde "atributo".

Comunidades distantes como Porteira Grande onde se situa minha escola e Mãe D'água, onde moro, não possuem assistência especializada para tratamento e distribuição de água, seria assim por ser um local mais afastado do centro urbanizado da cidade? Ou simplesmente por estar distante dos governantes e merecer menos atenção que os moradores das áreas que os cercam?

De acordo com o senso comum a água que é disponibilizada para o nosso consumo deveria ser bem diferente da qual fazemos uso, cuja aparência não atende aos critérios básicos para sobrevivência. Turva, infecta e imprópria são os adjetivos que a população encontrou para se queixar com os administradores da cidade sobre este líquido, tendo em vista que o direito à vida é uma garantia permanente prevista na Constituição Federal de 1988, atado a isso está o direito à água, pois sem ela não há como garantir a vida, a saúde e a dignidade das pessoas.

Em contrapartida a solução mais próxima dessa queixa pertinente foi á inserção da Copasa (Companhia de Saneamento de Minas Gerais), que cobra no mínimo, R$13,75 por até seis mil litros de água, que obviamente está acima do orçamento de grande parte da população rural, fazendo com que as opiniões a respeito desse impasse fossem divididas. Uma parcela dos moradores concorda com a terceirização desta iniciativa, alegando que o tratamento especializado da água diminuiria os problemas de saúde em virtude da ausência deste serviço, porém a outra repudia tal medida, aspirando valores exorbitantes que pagariam em prol do uso da água em plantios para manutenção familiar.

O saneamento básico é imprescindível para que a população tenha qualidade de vida e dignidade, o lugar que o possui não tem cartão postal melhor para exibir e como o próprio nome diz é "básico", ou seja, necessário e fundamental a existência humana. Espero que a gestão atual e as futuras não fechem os olhos para o indispensável, pois tenho a certeza que a minha e as próximas gerações da zona rural não optarão por numerosas prateleiras de medicamentos e sim abundantes plantações nos imensos quintais de nossas casas.

Versão reescrita

Desta água não beberemos

Antônio Dias representa a classe das típicas cidades do interior de Minas Gerais, com seus poucos e pacatos 9.363 mil habitantes. Quando se pensa no baixo número de moradores a previsão de que problemas relacionados à condição de existência da população sejam fáceis de serem resolvidos, mas não é o que se pode constatar, visto que essas são barreiras antigas da cidade - entre elas, a desigualdade no fornecimento de água de qualidade, que afeta parcela importante da população, principalmente, a que vive na zona rural.

Os pouco numerosos cidadãos de Antônio Dias podem contar com uma vasta extensão territorial. De acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), sendo sua área total calculada em 787,061 km². Porém, tal vastidão está dividida geograficamente em um pequeno centro urbano, o qual não se queixa da qualidade da água, e as extensas comunidades pertencentes à zona rural, as quais têm muito o que reclamar.

Entre elas estão comunidades distantes como Porteira Grande e Mãe D'água, onde não há assistência especializada para tratamento e distribuição de água. Como consequência, é alto o índice de crianças e adultos que ficam doentes em razão do serviço precário que é oferecido a eles. Seria assim por se tratarem de locais mais afastados do centro urbanizado do município? Ou simplesmente por estarem distantes dos governantes e merecem menos atenção que os moradores das áreas que os cercam? Certo é que a atenção do poder público parece se voltar para as comunidades do interior apenas durante as eleições, quando promessas são realizadas, sem que haja qualquer ação realmente efetiva após a vitória.

A água que é disponibilizada para o consumo deveria ser bem diferente daquela que chega aos domicílios dos moradores. Turva, infecta e imprópria são os adjetivos que a população encontrou para se queixar com os administradores da cidade sobre este líquido. Eles, no entanto, ignoram que o direito à vida é uma garantia permanente prevista na Constituição Federal de 1988 e atado a isso está o direito à água, pois sem ela não há como garantir a vida, a saúde e a dignidade das pessoas. Assim, os representantes do poder público violam a Constituição e o juramento que fizeram ao tomar posse de um cargo público, de servir aos interesses da população e de promover o bem comum por meio da administração da coisa pública.

Até agora, a solução encontrada pela prefeitura em resposta à queixa do povo da zona rural é a inserção dos serviços da Copasa (Companhia de Saneamento de Minas Gerais), a qual cobra, no mínimo, R$13,75 pelo fornecimento de até seis mil litros de água. O valor obviamente está acima do orçamento de grande parte da população rural, fazendo com que as opiniões a respeito da medida sejam divididas. Uma parcela dos moradores concorda com a terceirização do serviço, alegando que o tratamento especializado da água diminuirá os problemas de saúde causados em virtude da água sem tratamento. Contudo, a outra parcela repudia tal ideia, pois esses valores exorbitantes prejudicariam a manutenção da agricultura de subsistência e familiar que predomina na região. Nesse sentido, se o papel dos governantes é agir em prol do bem comum, fica claro que a contratação da Copasa pode gerar outros problemas, em especial para aqueles que vivem do que plantam.

Como demonstrado, o saneamento básico é imprescindível para que a população tenha qualidade de vida e dignidade. Como o próprio nome diz, é "básico", ou seja, necessário e fundamental a existência humana. Assim, a gestão atual e as futuras não devem fechar os olhos para o indispensável, para que as próximas gerações da zona rural possam ter como paisagem abundantes plantações em seus imensos quintais e não uma prateleira cheia de remédios para os males causados pela água sem tratamento.