Sons que falam

O objetivo desta etapa é integrar a sonoridade do poema a seu sentido. Nos dois casos em questão, as estruturas fônica e rítmica dos poemas sugerem (isto é, permitem que se interprete dessa maneira) o som do movimento pendular do relógio e do maquinismo de um trem em movimento. Você pode levar imagens de relógios de pêndulo e de trens de ferro, ou vídeos de ambos em funcionamento, para ilustrar

 

Atividades

Individualmente, leia os poemas Relógio4, de Oswald de Andrade, disponível em http://antoniocicero.blogspot.com/2007/10/oswald-de-andrade-relgio.html , e Trem de ferro5, da Manuel Bandeira, disponível em: https://www.escritas.org/pt/t/4171/trem-de-ferro

Depois, responda as perguntas e compartilhe suas opiniões com a turma.

  1. Do que tratam os poemas?
  2. Quais são os sons que mais se repetem nos poemas? Pronuncie esses sons em voz alta. Que imagens eles sugerem?
  3. Nos dois poemas há várias palavras (ou grupos de palavras) que se repetem. O que elas têm em comum em termos de sonoridade e sentido? Como contribuem para construir os sentidos do poema?
  4. Já pensou em como soam esses poemas em voz alta? Em pequenos grupos, leia para seus colegas e ouça as leituras deles. Que sensações despertam? Não esqueça de prestar atenção e dar ênfase aos sons e palavras que se repetem!
  5. Outra sugestão: proponha a leitura dos poemas sem os títulos e peça aos alunos que pensem em um título após a discussão das perguntas e a leitura em voz alta nos grupos. Assim a turma pode comparar os títulos pensados pelos alunos com os títulos originais dos poemas.

  6. Pensem nos títulos de cada um dos poemas. É possível estabelecer alguma relação entre os títulos e as repetições, a sonoridade e o ritmo dos poemas?

 


4ANDRADE, Oswald de. Cadernos de poesia do aluno Oswald (Poesias reunidas). São Paulo: Círculo do Livro, 1985. p. 183-184.
5BANDEIRA, Manuel. Estrela da vida inteira. 5. ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2009. p. 158-160.