Grupos de pesquisa

 

Jogo Q.P. Brasil
Para introduzir essa etapa, proponha a atividade 3 do Manual do jogo Q.P. Brasil.

Atividades

  1. Retome com os alunos as questões polêmicas locais já levantadas. Explique-lhes que serão organizados em grupo para fazer uma pesquisa cujo foco seja o assunto sobre o qual irão escrever, visando à construção de argumentos consistentes.
  2. Faça menção aos encontros anteriores, nos quais discutimos a importância de encontrar fontes seguras e relevantes de pesquisa e também enfatize que, na leitura dos artigos de opinião, percebemos que a informação de qualidade sempre está atrelada à defesa eficiente de um ponto de vista.
  3. Antes de iniciar a pesquisa, você pode mostrar exemplos de fontes confiáveis de informação. Valem os jornais e revistas de grande circulação do país (como O Globo, O Tempo, Jornal do Commercio, Zero Hora, Folha de São Paulo, Nexo Jornal, Agência Pública etc), os órgãos oficiais como o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (o IPEA), a Organização das Nações Unidas para a Ciência e a Tecnologia (Unesco), a Organização Internacional do Trabalho (OIT) e assim por diante.
  4. Oriente-os também a definir uma pergunta de pesquisa para guiar o trabalho. Suponha que o assunto seja a violência contra a mulher. A questão poderia ser: “A vítima deve ou não denunciar o agressor para a polícia ou para organizações de defesa da mulher?”. Isso facilitará o levantamento de informações.
  5. Divida a classe em grupos de pesquisa. Na sequência, diante das polêmicas levantadas na oficina anterior, eleja um tema polêmico de pesquisa para cada grupo. Cada um deles terá de buscar informações (dados histórico-culturais, estatísticas, pontos de vista de diferentes autoridades, leis ou projetos de lei, causas e consequências, exemplos de acontecimentos) sobre a questão. Eles devem organizar os dados obtidos, tanto in loco quanto na internet, em uma pasta física, no computador, em cadernos de anotação e em gravações de áudio e vídeo no celular. O importante é que consigam reunir fontes diversas e confiáveis de informação para seguir adiante no processo de escrita.
  6. Lembre-se de que os alunos podem e devem colher informações e opiniões de âmbito nacional, mas precisam trazer o problema para “o lugar em que vivem”, tomando como ponto de partida dados locais.
  7. Para saber mais

    Cartografia como método

    A investigação cartográfica trata-se de um processo de produção de Conhecimento, expresso por um conjunto de informações objetivas e subjetivas, que propõe a combinação entre experiências, interesses, desejos e saberes e as possibilidades de criar, inventar e intervir. Busca acompanhar a vida nos seus movimentos e onde ela está acontecendo, onde circulamos, vivemos, aprendemos, produzimos e nos relacionamos.

    Ao acompanhar esses processos em curso, a cartografia convida a uma postura analítica constante da realidade mapeada. Permite não só reconhecer traçados objetivos dos nossos bairros, cidades, deslocamentos e relações, mas também acessar a construção subjetiva dos significados presentes neles. Jovens Urbanos – Marcos conceituais e metodológicos. Vários autores. São Paulo: Fundação Itaú Social, 2013.