A descoberta de uma crônica

Entendido como funciona o concurso, é hora de ajudar os alunos a descobrir o que é uma crônica. Em vez de simplesmente ler ou ouvir a definição de crônica que está no dicionário, os alunos vão pensar e dizer o que acham que é esse gênero discursivo.

Atividades

1. Comece fazendo perguntas e, sem emitir comentários, aguarde um tempo para ouvir as respostas.

  • Quem costuma ler crônicas em jornal ou revista ou em blogs da internet?
  • Quem já ouviu crônicas em programas de rádio ou televisão?
  • De que assuntos tratam essas crônicas?

2. Divida a classe em grupos. Entregue-lhes um jornal, uma revista semanal ou um livro que contenha crônicas (na versão física ou digital). A tarefa do grupo será consultar, ler esses materiais e escolher uma crônica para apresentar aos colegas.

Sobre suportes, olhares e palavras

Você pode encerrar esta etapa lembrando-lhes as situações de comunicação em que as crônicas costumam ser produzidas, ou seja, com que finalidade, para quem, onde circulam e em que suportes (livros, jornais, revistas, internet) são encontradas.

Destaque para os futuros cronistas que eles têm como tarefa, daqui por diante, desenvolver o um olhar atento e sensível aos fatos do dia a dia: um morador de rua solitário na calçada, a forma de o feirante atrair os compradores, um encontro no ônibus, o futebol dos meninos na pracinha, uma notícia de jornal que desperta curiosidade… Tudo isso é material para que eles possam, primeiro, refletir criticamente sobre questões sociais, ações, sentimentos e comportamento das pessoas e, depois, usar ao escrever a crônica deles, trazendo à tona a vida da cidade. Outra dica que você pode dar aos (as) seus(uas) alunos(as): cronista escolhe a dedo as palavras. Sua linguagem é simples, espontânea, quase uma conversa ao pé do ouvido com o leitor. Tempera os fatos diários com humor, ironia ou emoção, revelando peculiaridades que as pessoas, em sua correria, deixam de perceber.