Mãos pretas compartilhando saberes: Literatura, Memória e Identidades

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Autoria: Juliana Balduíno


Se fôssemos colocar na nuvem, não haveria dificuldade para encontrar as palavras-chave na atuação de Juliana Balduíno: coletivo, comunitário, compartilhar, literatura negra feminina e luta antirracista. Fundadora do Coletivo Cultural Esperança Garcia, do projeto Quilombo da Parada, da Biblioteca Comunitária Susana de Paula, Juliana também é doutoranda do Instituto de Artes da Universidade Estadual Paulista (Unesp). Aqui, ela nos conta sobre as referências que a despertaram para a literatura negra, como o Coletivo Quilomhoje e o Sarau Elo da Corrente, nos dá uma lista preciosa de autoras negras brasileiras e fala sobre suas ações de mediação de leitura e formação de professoras(es) para uma educação feminista e antirracista. Boa leitura!

Por Camila Prado

 

Como você despertou o interesse pela literatura negra?

Em 2008, no último ano da minha graduação em Letras, tive de realizar um estágio para concluir o curso. Cheguei em um anúncio do grupo Quilombhoje – Literatura Afro brasileira1 que oferecia uma vaga para auxiliar nos processos de publicação da série Cadernos Negros, que o coletivo realiza desde o início de 1980. Foi nesse estágio que tive o primeiro contato, como leitora, com escritoras(es) afro-brasileiras(os) vivas(os), com quem eu podia conversar e perguntar sobre a intencionalidade de suas obras.

No Quilombhoje também participei do meu primeiro clube de leitores. Era um encontro mensal, no qual as publicações eram discutidas com a participação de suas(eus) autoras(ores). O convidado da vez foi Ademiro Alves, mais conhecido como Sacolinha, e o seu Graduado em Marginalidade. Pude ler e participar do encontro, atenta às perguntas direcionadas ao escritor, uma espécie de Roda Viva (tradicional programa de entrevista da TV Cultura). Essa experiência foi incrível, pois além de ter tido o contato com a primeira obra dele, pude ouvi-lo narrar como foi seu processo de criação e como, a partir da observação do mundo, Sacolinha veio a compor sua escrita.

Que vivências foram as mais significativas para você desenvolver seu trabalho com Educação a partir da Literatura Negra?

Com as atividades do Quilombhoje, tive a oportunidade de ser avaliadora dos textos enviados para publicação. O processo consistia em analisar os contos e poemas enviados – se possuíam características que valorizassem a história da população negra, se traziam a ancestralidade e a trajetória de lutas, entre outras questões que contribuíssem para a promoção da cultura negra brasileira. Desenvolvo até os dias atuais o trabalho de avaliação, pois me coloca em contato com autoras e autores que contribuem não só com o saber artístico, mas com o registro das questões relacionadas à população negra. Essa experiência ampliou meu olhar e ação voltados para questões que dizem respeito a nós, negras e negros no Brasil.

Uma outra vivência literária que despertou em mim símbolos e significados relacionados a essas temáticas foram os saraus literários. Em específico o Sarau Elo da Corrente, onde aprendi, por meio da récita, o sentido da palavra nós. Desde 2007 esse encontro é produzido pelo Coletivo Literário Elo da Corrente que, prioritariamente, valoriza a escrita negra e periférica. Quando cheguei pela primeira vez no “espaço cultural” do coletivo, que é o Bar do Santista, em Pirituba (bairro da cidade de São Paulo), onde os encontros literários acontecem às quintas-feiras, estava sendo lançado o livreto de cordel do senhor João do Nascimento, morador da região e participante do sarau literário. Livretos enfeitavam o espaço e, em um canto do lado direito do balcão, havia uma prateleira cheia de livros escritos por autoras(es) negras(os) que, durante toda minha jornada na universidade, eu nunca havia ouvido falar. Foi nesse ambiente que conheci a “Mãe África”, escrita por Raquel Almeida, que nos orienta para um aquilombamento para superar os desafios de ser mulher negra e homem negro no Brasil. Lá também aprendi, ouvindo “Sentimento", de Michel Yakini, que não somos menores por estarmos dentro de um contexto periférico e que o diploma de “doutô” não pode definir ninguém como sendo melhor.

A partir dessas experiências que nos contou, como você começou a usar a literatura negra, em especial a feminina, como instrumento de formação e transformação social?

Em 2009, após um longo período acompanhando as atividades do Coletivo Literário Elo da Corrente, fundei, juntamente com a escritora Raquel Almeida, o Coletivo Cultural Esperança Garcia. Não por acaso, escolhemos como referência a mulher negra Esperança Garcia. Ao conhecermos sua história de luta e afirmação da sua escrita por meio da carta-denúncia, datada de 1770, que se tornou a primeira petição pública brasileira de que se tem histórico, entendemos que o nosso papel como mulheres negras na comunidade também era de empoderar outras mulheres, e nosso instrumento principal era a literatura negra. Volto a repetir, em especial a literatura negra feminina, que tratava e trata de questões muito específicas no universo das mulheres.

Foi assim que esse coletivo de negras passou a promover ações de sensibilização e formação para meninas, mulheres e adolescentes em situação de vulnerabilidade social. Realizamos oficinas de leitura e escrita na Fundação Casa, algumas intervenções em saraus literários, espaços culturais públicos e privados, sempre colocando à frente a literatura como condutora na abordagem de temas diversos.

Você realizou, e realiza, uma curadoria que compõe um acervo muito potente voltado à literatura negra. Que estratégias você usou para compartilhar essas vivências literárias?

No ano de 2015, criei a Biblioteca Comunitária Susana de Paula com o objetivo de compartilhar os livros de literatura negra adquiridos ao longo da minha trajetória como leitora. Foi também em 2015 que iniciamos, na comunidade onde eu morava, no quintal de casa, o projeto Cultura no Quintal do Quilombo da Parada, com a ideia de fomentar atividades culturais para mulheres da região. Porém, a realidade do lugar e das pessoas que nele viviam não permitia que as mulheres passassem um determinado período nas atividades oferecidas. Foi então que tive a ideia de trazer as crianças para os espaços como estratégia de também despertar o interesse de suas mães. Assim, os encontros foram organizados para acontecer todos os domingos, com oficinas de danças populares e leitura, sempre antes de qualquer outra atividade cultural oferecida.

Como foi o trabalho com as crianças?

Buscamos aproximar as crianças desse universo literário que tem a ver conosco, com nossas histórias, nossas vivências e origens, mas para isso era preciso preparar esse terreiro. Para despertar o interesse das crianças pelo livro e atenção na leitura, sempre pedia para que sentassem em roda, para que todos pudessem se ver. Na sequência, iniciava trazendo um pouco da história do autor e, por fim, fazia a leitura do livro, algumas vezes pedindo para que fechassem os olhos e imaginassem as imagens que a história trazia. Ao final de cada leitura pedia para que desenhassem ou escrevessem o que viram ou sentiram durante a leitura. A ideia era desmistificar essa leitura silenciosa e solitária para, em coletivo, olharmos e explorarmos sensações possíveis de serem compartilhadas na roda. Trabalhar com a mediação de leitura foi um universo novo que queria aprofundar com as experiências trazidas pelos participantes.

O acervo, no início do nosso projeto, era mais voltado ao público adulto. À medida em que fomos sendo contempladas por editais públicos, investimos mais em livros infanto-juvenis e infantis. A biblioteca é o carro-chefe das nossas atividades: nela tudo pode acontecer e é nesse espaço que foram sendo criados laços de amizade e participação no projeto.

Quando você diz que na Biblioteca “tudo pode acontecer”, desperta nossa curiosidade sobre outras ações que acontecem por lá.

Uma outra ação de grande importância em nossa biblioteca é o encontro LiteraViva. Nele as(os) participantes são convidadas(os) a ler alguma obra ou ver um vídeo de alguma ação, e a partir disso a(o) escritora(or) vem em nosso espaço e fala sobre sua trajetória pessoal e profissional. Lembra quando falei do Clube de Leitura do Quilombhoje? Pois é, a diferença é que em nosso espaço, além de escritoras(es), também trazemos pessoas ligadas às artes. É uma troca muito importante, em que as(os) participantes têm contato com escritoras(es) e artistas negras(os), ampliam suas referências e conhecem novas vivências relacionadas com suas origens e cotidiano.

Agora, falando diretamente sobre seu acervo, gostaríamos de saber sobre os caminhos de leitura que percorreu e que norteiam seu trabalho com a literatura negra feminina.

O trabalho com literatura negra, em específico literatura negra de, sobre e para mulheres, nos abre portas para os diferentes universos da população negra e o universo sensível e pouco conhecido do feminino. Ao buscarmos essas referências para o trabalho em espaços formais ou informais abrimos um leque para a grande discussão sobre o que e para quem escrevemos, sobre como esse universo da mulher negra e periférica está organizado, além das lutas e, também, sobre as invisibilidades sofridas por essas mulheres em situação de escravidão ou no pós-abolição.

Precisamos revisitar a história e saber que foi Maria Firmina dos Reis (1826-1917) que escreveu Úrsula e foi a primeira romancista mulher negra brasileira. Sua obra é uma referência para as escritoras femininas da atualidade e pode ser considerada um marco da escrita de mulheres negras. Buscar os escritos de Carolina Maria de Jesus (1914-1977), que é uma das escritoras mais citadas na literatura dos últimos tempos, retratando uma realidade ainda muito vivida pela população negra. As ausências de tudo e a presença da fome são temas centrais de Um quarto de despejo, livro que todo espaço relacionado à leitura deveria ter e mediar, incentivando uma reflexão a respeito do que é se viver em condições insalubres e ignorada pelo Estado.

São autoras que literalmente desbravaram um cenário arredio e inspiraram vozes fortes de mulheres negras que só mais recentemente se consagraram na literatura contemporânea - e que continuam a desbravar um cenário ainda desafiador…

Sim, tem Geni Mariano Guimarães (1947), que vem com toda uma prosa terna, escrevendo sobre relações presentes no universo afetivo negro que não aparecem em outras literaturas que desumanizam o sujeito negro. Muitas vezes e por um bom tempo, na literatura, a pessoa negra aparecia apenas de forma pejorativa. As escritoras Esmeralda Ribeiro (1958) e Miriam Alves (1952), que além de demarcarem esses espaços literários negros com suas escritas femininas retratando e denunciando o ser mulher negra brasileira, também ampliaram, por meio de sua atuação no grupo Quilombhoje, a possibilidade de outras mulheres negras e homens negros adentrarem esse universo. Cristiane Sobral (1974) protestando literalmente contra o abuso sofrido pelas mulheres negras. Esmeralda do Carmo Ortiz (1979), com uma escrita autobiográfica, que retrata as mazelas de ser uma criança negra quase “engolida” pelo sistema. Na obra Porque não dancei – muito lida e discutida em vários espaços periféricos —, conta sua história de luta e superação, nos oferecendo grandes possibilidades de discussões com adolescentes. Outra autora é Ana Maria Gonçalves (1970) e seu livro Um defeito de cor, que merece ser lido por quem deseja conhecer a história de uma mulher negra de luta, Luisa Mahin. O pequeno spoiler que posso dar sobre esse livro é que a autora narra a trajetória de Luisa desde África e vai descrevendo os caminhos percorridos por ela para sobreviver em situação de escravidão no Brasil, seu inconformismo com essa condição e as diferentes estratégias criadas e lutas enfrentadas para ser livre e tornar livre seu povo. Conceição Evaristo (1946) apresenta-se como uma das grandes novidades dos anos 2000. Em sua trajetória impecável e de luta para ter seus escritos em evidência, nos ensina muito sobre os possíveis caminhos e o valor das nossas vivências para o aprendizado do outro. Evaristo é uma das autoras negras brasileiras que se destaca com sensibilidade e destreza. Ela anda e fala com uma doçura jamais vista. Sua jornada e seus escritos ganharam espaço e visibilidade dentro do cenário literário brasileiro, mas queremos ainda muito mais, pois como ela mesma escreveu no poema “A noite não adormece aos olhos das mulheres”:

A noite não adormece

nos olhos das mulheres

a lua fêmea, semelhante nossa,

em vigília atenta vigia

a nossa memória.

Nos anos 2000, a escrita negra feminina ganhou mais espaço, seja pelo surgimento de autoras jovens ou mesmo a descoberta daquelas que já estavam na estrada há mais tempo.

Ainda nos anos 2000 novas personagens vão entrando em cena, como Raquel Almeida (1987), jovem escritora, nascida e criada na periferia de São Paulo, que publicou no ano de 2008 o livro Duas Gerações Sobrevivendo no Gueto, em co-autoria com Soninha Mazo. Nele, chamo a atenção para o poema “Mãe África”, que quando escutei pela primeira vez me pareceu como um chamado para a luta antirracista, e também a poesia “Menina Princesa”, que denuncia e anuncia com delicadeza e força as mazelas sofridas por meninas negras. Nessa mesma década, ainda vale chamar atenção para Kiusam Oliveira (1965), com um livro que quebra totalmente os padrões de princesas, desmistificando histórias e colocando em pauta referências negras de nobrezas, em seu livro Omo-Oba: Histórias de Princesas. Foi nesse período que algumas escolas começaram a dar mais abertura para que os movimentos sociais pudessem pautar essas discussões, e diferentes materiais começam a tomar evidência nessas formações e no próprio acervo educacional.

Existe mais de uma dezena de outras escritoras que eu poderia trazer como referência, mas não é necessário escrever o nome de todas, pois a partir do momento em que buscarem uma, outras irão surgindo e o acervo de vocês se ampliará em um segundo!

Você tem um importante trabalho de formação de professoras e professores em escolas públicas. Conte um pouquinho para a gente.

Tem algumas provocações que faço a professoras e professores em minhas formações em escolas públicas:

  • Quantas(os) professoras(es) negras(os) você teve na universidade?
  • Quantas(os) autoras(es) negras(os) você conhece?

Eu faço essas perguntas não para apontar o dedo, mas para a gente pensar mesmo o quanto estamos envolvidos, vividos e permeados pela cultura negra no Brasil e, também, de como são esses não acessos para nós sujeitos negros. Outra questão que levanto nesses encontros é de como nós, negras(os), somos representadas(os) em outros espaços não construídos por nós, e de como isso é desgastante e nos desumaniza. Tem uma grande polêmica com um escritor muito famoso que contava a história num determinado sítio “verde”. Nesse lugar existia uma mulher negra que era a “lavadeira, cozinheira, costureira” e tudo mais que podemos imaginar, subalternizada. A obra se transformou inclusive em peça televisiva e, nas imagens veiculadas, era possível ver o quanto a personagem negra era desqualificada por uma outra que era bondosa, sabia de todas as coisas e dava ordens. Gosto de tocar nessa ferida e trabalhar nas formações o quanto isso é violento e desfavorável para a população negra. Levo para um outro ponto de vista, no qual a personagem negra é conhecedora das ervas e receitas produzidas no sítio, tinha um conhecimento ancestral e era de uma sabedoria singular. É com esse compromisso que as literaturas negras produzidas no Brasil devem ser reconhecidas, com a denúncia, apelo e sensibilização para que se conheça o outro lado da história escrito por nós mesmas(os), e não pelo outro.

Como você avaliaria o resultado de seu trabalho?

Diferentes processos em que me envolvi ao longo desses anos hoje vêm me rendendo alguns frutos, como por exemplo ter em nosso projeto social no Quilombo da Parada, jovens que assumiram suas identidades negras e que também se tornaram mediadores de leitura da comunidade. Professoras e professores que desconheciam a discussão antirracista e hoje incorporaram em seus projetos pedagógicos atividades e ações pensadas para combater o racismo. Crianças que já identificam em diferentes ambientes o racismo e relatam para seus pais. São diferentes convites que recebo para estar nas escolas do meu território e compartilhar um pouco do que fazemos no Quilombo, e aí é minha vez de fazer o convite para que venham em nosso espaço ver com seus próprios olhos a simplicidade que é o lugar, mas o compromisso que temos com a luta antirracista. É desse lugar que criamos e recriamos propostas educativas que contribuem com a luta e de lá que pretendemos continuar construindo junto com a comunidade um espaço de discussão e formação. Não existe certo ou errado, existe a vontade de fazer e construir coletivamente. Dito isso, reforço que trabalhar com os aspectos sociais e culturais da população negra na literatura é possível desde que quem estiver se propondo a fazer isso se abra para esse universo rico e cheio de memórias e histórias.

 

1. O Quilombhoje é uma instituição que tem como um dos objetivos fomentar pesquisas e diagnósticos sobre cultura afro. Dentre as várias propostas do Quilombhoje estão as de incentivar a leitura e dar visibilidade a textos e autores afrodescendentes. É responsável pela publicação da série Cadernos Negros. Para saber mais sobre o Quilombhoje e os Cadernos Negros, clique aqui

 


Juliana Ignácio Balduíno tem Licenciatura em Letras-Língua Portuguesa pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), é especialista em Educação para Promoção da Igualdade Racial na Escola pela Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP) e doutoranda do Instituto de Artes da Universidade Estadual Paulista (Unesp). É educadora social e trabalha com mulheres, crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social. Desde 2007, atua em grupos e coletivos, que visam discutir e evidenciar as relações raciais, sociais e de gênero, nos movimentos políticos, culturais e artísticos, através de oficinas, eventos e debates temáticos. É co-fundadora do Coletivo Cultural Esperança Garcia, que promove atividades com foco na Educação, Arte e Cultura Negra no Quilombo da Parada e escolas públicas de seu entorno no bairro Parada de Taipas.

Foi responsável pela curadoria das atividades culturais do Quilombo da Parada fomentadas pela 1ª Edição do Fomento à Cultura de Periferia (2017-2018). Fez a curadoria das atividades culturais fomentadas pelo edital PROAC Culturas Negras (2018-2019) e também das ações previstas no 1º Edital da Fundação Tide Setúbal – Elas Periféricas (2018-2020). É responsável pela curadoria das atividades com foco em educação ambiental realizadas no Quilombo, realiza formações em escolas com foco em formação cidadã para professores e estudantes, fortalecendo e valorizando a identidade negra através de atividades ligadas à literatura como mediação de leitura, contação de histórias e oficinas literárias. É avaliadora dos Cadernos Negros desde 2008, faz parte da Frente Nacional de Mulheres do Hip Hop. Também é idealizadora da marca de cosméticos naturais Ndandá - Sabedoria Ancestral com o objetivo de geração de renda para mulheres da comunidade Estância Jaraguá.

2 thoughts on “Mãos pretas compartilhando saberes: Literatura, Memória e Identidades

  1. Muito bom, uma vez que é uma necessidade expressiva de compreensão desta temática. Precisamos romper com a mesmice que insiste em aparecer.
    Racismo, preconceito é algo que fere , nós enquanto profissionais que lidam com múltiplas ideias, podemos ofertar meios, experiências para erradicar tal fato. Parabenizo por disponibilizar suas experiências conosco.

  2. A temática é essencial que seja (oportunamente) abordada nas escolas. Não há razão para o contrário. Há bons exemplos acontecendo aqui e acolá e não se deve “baixar a guarda” para que discussões e estudos sobre a questão do racismo estrutural e suas consequências seja exaustivamente compreendida e combatida. A sociedade tem uma enorme dívida desde a escravidão… de difícil reparação….
    A literatura é um grande meio, uma estratégia que une o poder de desenvolvimento da língua e o poder de conscientização do tema proposto.
    Cada vez mais rica é a literatura infantil e adulta voltada para a questão da negritude.
    Cito a grande Djamila Ribeiro que hoje ocupa cadeira na Academia Paulista de Letras.

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