Reunindo pessoas de todo o Brasil, uma das grandes riquezas do Encontro de Semifinalistas é sua diversidade. Por isso, o primeiro dia de atividades é também um momento de cada um falar um pouco sobre si e ouvir os novos colegas.

Com os alunos, as apresentações partiram da história de seus nomes. “É uma forma de entender em que momento passamos a fazer parte dessa memória coletiva da família”, explica Ana Paula Severiano, uma das formadoras desta edição da Olimpíada.

Os textos dos alunos também contam muito de sua história e de sua família. A animada festa de Natal no trem do filho do chefe da estação, a casa assombrada, o avô que recorda as histórias de seu próprio avô… “Uma das histórias, de Vitória do Xingu (PA), fala sobre quando só havia dois aparelhos de TV na cidade. Eles ficavam na praça, quase um cinema a céu aberto. A autora ainda compara aquela época com o isolamento da atualidade, em que cada um tem sua própria TV”, lembra a formadora Imaculada Pereira.  

Em seus relatos de prática, os professores também trouxeram projetos criativos. “Um grupo foi a um asilo e cada aluno pôde escolher um idoso para entrevistar, por exemplo”, aponta Sônia Madi, formadora dos docentes. Após uma roda de apresentação, eles discutiram a influência da palavra oral na literatura a partir da leitura de um texto da escritora Conceição Evaristo.