Entrevistas com moradores em situação de rua, o aumento de doenças mentais entre os jovens, a história do município, as divisões políticas e sociais de uma cidade do interior... Os documentários dos alunos, elaborados a partir do tema “O lugar onde vivo”, trouxeram diferentes visões sobre suas cidades, culturas e tradições.
“Chama a atenção a diversidade de abordagens. É muito enriquecedor poder ver como a juventude do Brasil pensa”, diz Francine Barbosa, que atua como formadora nesta edição da Olimpíada de Língua Portuguesa. Ela conta que na primeira atividade em sala, com os alunos, abordou a relação deles com o lugar e o motivo de suas escolhas nos documentários. Divididos em pequenos grupos, eles ainda tiveram um momento de acolhimento e apresentação das atividades dos próximos dias.
Para Jéssica Nozoki, também formadora, este momento é importante para entender mais sobre a visão dos alunos a respeito desse gênero. “Às vezes eles pensam em documentário como um formato apenas de denúncia, mas há outros usos e funções. Ele pode ser usado de forma mais poética, por exemplo, e é importante dar a eles todas essas dimensões”, explica.
Docentes
Nos grupos de professores, este também foi um momento para se conhecerem melhor. A partir da troca dos relatos de prática, os docentes puderam saber mais sobre o trabalho desenvolvido por seus pares e discutir os desafios e as soluções encontradas. “Uma professora, por exemplo, contou, em seu relato, como sua construção como leitora influenciou em seu trabalho com este gênero em sala de aula”, lembra a formadora Adriana Santos de Oliveira.
Este primeiro encontro também mostrou a recepção dos participantes ao gênero – é a primeira vez que a Olimpíada inclui a categoria documentário na competição – e as dificuldades técnicas enfrentadas.